domingo, 22 de novembro de 2009

O Super Presidente

Os anos 2000 são dos presidentes super-heróis. Onde não basta ganhar as eleições e governar bem, os eleitores, e até os que não são eleitores do local em questão, esperam que seja feita uma revolução imediata. Mas os resultados das revoluções, apesar de imediatos, nem sempre se mostram duradouros, efetivos, ou bons a longo prazo.
Nem sei por que estou falando dessas coisas aqui, eu nem me meto em política. Aliás, sei. Acabei de assistir a dois documentários: "Entreatos" e "Lula, para além da esperança", ambos sobre o presidente do Brasil, e principalmente no segundo nota-se uma esperança de que ele seja o salvador da pátria, aquele que vai acabar com todas as mazelas do país em quatro anos. Alguma semelhança com eleições mais recentes?
A esperança deve sim ser mantida, mas não é Lula e não é Obama que vai salvar o mundo de todos os seus problemas. O super-homem não existe, é necessário que nós, homens comuns, nos conscientizemos das nossas responsabilidades perante o futuro do planeta ao invés de passarmos a batata quente, infinitamente, de um governante para outro, seja ele um revolucionário ou um político.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

SMS

MENSAGEM 1:
Tô de frente a um cara IGUAL a tu aqui na UFCG!

MENSAGEM 2:
É imitação barata de campinense. E todo gordo de barba e óculos é igual a mim. Hunft.

MENSAGEM 3:
Sério, pô, até o cabelo é igual!

MENSAGEM 4:
Eu o meu eu bizarro, que nem em Laboratório Submarino. Cuidado para não achar a Thaïs bizarra por aí.
Silas falou que viu na UFPB igual a você. A você bizarra tá em João Pessoa!

MENSAGEM 5:
Meu deus, nos clonaram!

MENSAGEM 6:
<o>

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Dinheiro

- Cara, tá foda. Não aguento mais usar mouse. Preciso de uma tablet.
- Kkkk.
- Meu braço tá doendo pra caralho. Só editei uma imagem hoje mas ele já tá doendo.
- Pior que me incomoda um pouco usar tablet.
- Por que?
- É que eu fico com a mão sobre meu dedinho, aí fica doendo o dedinho...
- Ah. Melhor do que doer o braço inteiro, né. E ter uma LER. Humpf.
- É que eu já convivo com a minha ler desde meu 1º estágio. Eu utrapassei as barreiras da dor, ahuuhahua. Uma tablet boa da Wacon tá uns 250 reais...
- Tenho isso não, nego. Eu num tenho 7 conto pra me depilar ali na esquina. Tô parecendo a monga, já tô até com vergonha de fazer sexo.
- Pior sou eu que tô catando moeda pela casa pra ir de ônibus pra faculdade e tirar xerox.
- Eu gastei meus últimos 10 reais ontem pra botar dinheiro no cartão de passe e hoje tirei meus últimos 5 reais do banco.
- Tá foda, aqui em casa todo mundo tá super liso.
- Já gastei 2 lanchando na universidade.
- Só quando sair a pensão próximo mês agora. Tava com uma grana mas foi toda pra pagar conta de telefone... Vou agora jogar Ninja Gaiden, tô a dois dias preso na porra do desafio, é muito difícil... Mas tenho que passar dessa merda, é questão de honra. Xero!
- Ahuehuahuehauhe, vá lá!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Linha do tiro

SKETCH 1 – LINHA DO TIRO

PERSONAGENS: Senhora

Assaltante 1

Assaltante 2

Assaltante 3

Uma senhora está no caminho pro ponto de ônibus e encontra um assaltante.

ASSALTANTE 1: Se si buli morre.

SENHORA: Hã?

ASSALTANTE 1: Si si buli morre.

SENHORA: Como é?

ASSALTANTE 1 (irritado): Se se bulir morre!

SENHORA: Aaaah...

A senhora fica olhando pra cara do assaltante, assustada, após ter entendido finalmente o que ele dizia.

SENHORA: O que você quer?

ASSALTANTE 1: A senhora tem um real?

SENHORA: Meu filho, eu só tenho um passe aqui...

ASSALTANTE 1: Num tem um vale não?

SENHORA: Não, eu tenho carteirinha de estudante, só compro passe.

O assaltante pega o passe da mão da senhora, que a havia estendido para ele, olha por algum tempo e devolve.

ASSALTANTE 1: Obrigado.

Ela continua o seu caminho, calmamente até o ponto de ônibus, sem se dar conta do que havia realmente acontecido. Ela chega ao ponto e pouco tempo depois aparecem dois “malas” vindo na sua direção. O menor dos dois já vinha de longe com a mão na cintura, insinuando que estava armado. A senhora olha para eles, não esboçando reação alguma. Quando o assaltante que estava armado chega mais perto dela, o outro se afasta, olhando a situação de longe. Antes que o primeiro dissesse qualquer coisa, ela fala:

SENHORA: Não quero.

ASSALTANTE 2: Hã?

SENHORA: Já disse que não quero.

ASSALTANTE 2: O quê?

SENHORA: Chocolate.

ASSALTANTE 2: Chocolate?

SENHORA: Você quer me vender chocolate, não é?

ASSALTANTE 2: Que chocolate, minha senhora?!!

SENHORA: Bala-chiclete?

ASSALTANTE 2: Não, porra!

SENHORA: O senhor é Hare Krishna, não é?

ASSALTANTE 2: Hã?

SENHORA: Da Igreja Amanhecer em Cristo, essas coisas?

ASSALTANTE 2: Não!

SENHORA: É cego?

ASSALTANTE 2: Cego?

SENHORA: Ta com uma ferida e quer comprar remédio?

ASSALTANTE 2: Chega, caralho!

SENHORA: O quê?

ASSALTANTE 2: Isto é um assalto, não ta vendo?

SENHORA: Onde?

ASSALTANTE 2: Aqui, no ponto de ônibus.

SENHORA: E por que você não faz alguma coisa?

ASSALTANTE 2: Eu?

SENHORA: Chama a polícia?

ASSALTANTE 2: Essa velha é doida! (FALA PRO ASSALTANTE QUE ESTÁ DO OUTRO LADO DA RUA, RACHANDO O BICO)

SENHORA: Quem é doida?

ASSALTANTE 2: Chapadona! Passa logo a bolsa.

SENHORA: Não falei?

ASSALTANTE 2: O dinheiro, minha senhora.

SENHORA: Não quero.

ASSALTANTE 2: Hã?

SENHORA: Já disse que não quero.

ASSALTANTE 2: O quê?

SENHORA: Chocolate.

ASSALTANTE 2: Chocolate?

SENHORA: Você quer me vender chocolate, não é?

ASSALTANTE 2: Que chocolate, minha senhora?!!

SENHORA: Bala-chiclete?

ASSALTANTE 2: Não, porra!

SENHORA: O senhor é Hare Krishna, não é?

ASSALTANTE 2: Hã?

SENHORA: Da Igreja Amanhecer em Cristo, essas coisas?

ASSALTANTE 2: Não!

SENHORA: É cego?

ASSALTANTE 2: Cego?

SENHORA: Ta com uma ferida e quer comprar remédio?

ASSALTANTE 2: Chega, caralho!

SENHORA: O quê?

ASSALTANTE 2: Isto é um assalto, não ta vendo?

SENHORA: Onde?

ASSALTANTE 2: Aqui, no ponto de ônibus.

SENHORA: E por que você não faz alguma coisa?

ASSALTANTE 2: Eu?

SENHORA: Chama a polícia?

ASSALTANTE 2: Essa velha é doida! (FALA PRO ASSALTANTE QUE ESTÁ DO OUTRO LADO DA RUA, RACHANDO O BICO AO QUADRADO)

SENHORA: Quem é doida?

ASSALTANTE 2: Chapadona! Passa logo a bolsa.

SENHORA: Não falei?

ASSALTANTE 2: O dinheiro, minha senhora.

SENHORA: Não quero.

ASSALTANTE 2: Hã?

SENHORA: Já disse que não quero.

ASSALTANTE 2: O quê?

SENHORA: Chocolate.

ASSALTANTE 2: Chocolate?

SENHORA: Você quer me vender chocolate, não é?

ASSALTANTE 2: Que chocolate, minha senhora?!!

SENHORA: Bala-chiclete?

ASSALTANTE 2: Não, porra!

SENHORA: O senhor é Hare Krishna, não é?

ASSALTANTE 2: Hã?

SENHORA: Da Igreja Amanhecer em Cristo, essas coisas?

ASSALTANTE 2: Não!

SENHORA: É cego?

ASSALTANTE 2: Cego?

SENHORA: Ta com uma ferida e quer comprar remédio?

ASSALTANTE 2: Chega, caralho!

SENHORA: O quê?

ASSALTANTE 2: Isto é um assalto, não ta vendo?

SENHORA: Onde?

ASSALTANTE 2: Aqui, no ponto de ônibus.

SENHORA: E por que você não faz alguma coisa?

ASSALTANTE 2: Eu?

SENHORA: Chama a polícia?

ASSALTANTE 2: Essa velha é doida! (FALA PRO ASSALTANTE QUE ESTÁ DO OUTRO LADO DA RUA, RACHANDO O BICO AO CUBO)

SENHORA: Quem é doida?

ASSALTANTE 2: Chapadona! Passa logo a bolsa.

SENHORA: Não falei?

ASSALTANTE 2: O dinheiro, minha senhora.

SENHORA: Não quero.

ASSALTANTE 2: Hã?

SENHORA: Já disse que não quero.

ASSALTANTE 2: O quê?

SENHORA: Chocolate.

ASSALTANTE 2: Chocolate?

SENHORA: Você quer me vender chocolate, não é?

ASSALTANTE 2: Que chocolate, minha senhora?!!

SENHORA: Bala-chiclete?


Texto baseado em fatos reais e no conto homônimo de Marcelino Freire.