domingo, 28 de outubro de 2007

Como eu entrei no cheque especial

Cá estava eu no computador, editando algumas imagens, escutando o filme "Treze é demais" que passava na TV, quando meu marido falou "a gente tem que escrever um livro sobre a nossa vida". Não tenho a pretensão de escrever um livro sobre a minha vida (apesar de ainda querer escrever um livro, mas ficcional!), mas veio-me à mente escrever este post sobre "como eu entrei no cheque especial".
Quando você vai ao banco eles sempre dizem que você tem direito a X no cheque especial, limite Y no cartão de crédito, como se tudo isso fosse uma grande vantagem. Mas quando você chega no mês seguinte, crente que está com um crédito de duzentos reais e vai pagar suas contas, não entende porque o caixa eletrônico não quer liberar o seu dinheiro e vai lá no atendimento, perguntar o que está acontecendo.
É aí que você descobre que entrou no cheque especial! E você se pergunta "mas como? quando?", inocente, pois sempre consultava seu saldo antes de retirar qualquer quantia. Então você se desespera, porque está no fim do mês, os juros fazem com que sua dívida aumente a cada dia e pra completar, aquela conta de telefone que você achava que já estava paga não estava. Com isso você tem que tirar trezentos reais do nada para pagar todas as suas dívidas, faltando ainda dez dias para que você receba o seu próximo pagamento.
Se você tiver sorte, seu marido tem dinheiro na conta e pode emprestar-lhe algum no meio do sufoco. Então depois de meio litro de lágrimas de desespero derramadas, você paga todas as suas dívidas e volta ao atendimento para cancelar seu cheque especial, para nunca mais passar outro aperto similar. Mas descobre que se cancelar é pior, porque a taxa de manutenção aumenta de três para oito reais. Então, conformada, procura alguma tática para não cair novamente na máfia bancária do cheque especial.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

7 de janeiro

- Mãe...
- Hum?
- Seu João apareceu aí no muro e Madona ficou desesperada latindo pra ele.
- Que Seu João? O Cantor?
- Seu João, o doido que mora aí do lado!
- Seu Zé!
- Ah, Seu Zé! É quem é Seu João cantor?
- O sambista!
- Qual?
- Aquele que canta com Ana Carolina.
- Seu Jorge!

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Discurso intelectualóide arrogante

Semana passada fui a um concerto de trombones e piano e na programação dizia que hoje teria concerto da Orquestra Sinfônica da Paraíba. Fazia muito tempo que não ia às Quintas Musicais no Cine Bangüê e fiquei empolgada com a possibilidade de assistir novamente um concerto da OSPB. Então vim de Campina Grande para João Pessoa para ir ao concerto. Assim que a orquestra começou a tocar, meu sangue ferveu novamente. Como eu sentia falta daquilo!
A diferença é que na época em que eu freqüentava os concertos da cidade o cinema não ficava tão cheio. Nossa, o público pessoense está gostando de música erudita. Que maravilha! Pensei. Talvez até goste, mas gostam mais de pipoca.
Quando vi no programa que teria Bachianas soltei pulinhos dentro de mim mesma. Mas Bachianas não é Bachianas com alguém mastigando pipoca ao seu lado ou achando que as cadeiras contíguas do cinema são de balanço. Todo esforço, provavelmente, é válido quando se trata de apreciar a boa cultura erudita. Mas talvez eu precise de um esforço maior. Acho que não tenho senso de humor para aturar ninguém roncando do meu lado no meio do filme, brigando com um pacote de balas ou fazendo música concreta com um pacote de pipocas atrás de mim.
Engraçado, enquanto eu pensava em escrever essa postagem lá no meio do concerto soou-me tão engraçadinha... Acho que meu senso de humor está que nem os funcionários das universidades federais: em greve.

sábado, 14 de abril de 2007

Literalmente (repostagem)

Ela registrava sua vida por meio de frases de outras pessoas. Assim a sua parecia ter mais sentido. Se Shakespeare falou, então é certo. Era como um passo-a-passo para a vida perfeita. Tudo é perfeito na literatura. Até o que é errado. São erros perfeitos que encadeiam finais filosóficos. A literatura era o seu Bushidô.
Para não correr o risco de perder uma frase essencial para o discorrer da sua vida, carregava sempre um caderninho consigo. Infelizmente, procurando sempre manter a linha, acabou perdendo o fio da meada.


Dia 1º de janeiro escrevi esse texto. Com exceção da última frase. Essa eu só consegui escrever hoje.
Estava lendo os meus antigos blogs... Eu era tão engraçadinha. O que terá acontecido ao meu estado de espírito? Ou estaria o problema na minha imaginação? A universidade pode podar-nos de uma maneira tão negativa...

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

Boas noite.


Olás terrásqwueoas. Venho por meio deastas menasgem aspreasentasr as mim e as todoas do meu plasnetas. Obrigasdas.

Boas tarde.

Nãso, eu nãso asou um mastuto. Nem eastou faslasndo gírias nenhumas. Iasaso é o qwue um víruas faszx com o aseu computasdor. Viu asó? Iasaso dificultas muito o entendimento entre as peasasoas.
Entãso digasm pasras aseuas pasias pasrasrem de asbrir asqwueleas videozxinhoas qwue oas asmigoas deleas masndasm por e-masil, porqwue asqwuelas porcasrias asãso cheias de víruas qwue fodem o aseu computasdor, entendeu?
Putas qwue pasriu.
Nãso, eu nãso asou emo. O meu teclasdo eastás faszxendo iasaso asozxinho. Eu juro qwue eastou teclasndo das masneiras corretas. Péasasimo de ler, nãso? Imasgine o meu deaseaspero em eascrever deastas masneiras!@
ASerás qwue reiniciasr o PC vasi funcionasr? Me deasejem asorte. ASe eu nãso voltasr, vocêas jás asbem o qwue asconteceu.
ASdeuas.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2007

Literalmente

Ela registrava sua vida por meio de frases de outras pessoas. Assim a sua parecia ter mais sentido. Se Shakespeare falou, então é certo. Era como um passo-a-passo para a vida perfeita. Tudo é perfeito na literatura. Até o que é errado. São erros perfeitos que encadeiam finais filosóficos. A literatura era o seu Bushidô.
Para não correr o risco de perder uma frase essencial para o discorrer da sua vida, carregava sempre um caderninho consigo. Infelizmente, procurando sempre manter a linha, acabou perdendo o fio da meada.