Enquanto elas brincam na água eu me olho no espelho, tentando remover as imperfeições e lamentando as marcas que surgiram com o tempo. Por um tempo invejo a juventude delas, com toda a vida para ser escrita.
À medida que se vai envelhecendo, as partes do seu corpo vão sendo amarradas uma a uma ao chão. Por isso que o corpo idoso é tão pesado, de tão difícil locomoção.
Sei que as vantagens existem, só me falta descobri-las. Mas enquanto isso, eu evito franzir a testa.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
segunda-feira, 26 de julho de 2010
domingo, 25 de julho de 2010
Carlota
Carlota era o nome dela, em homenagem à rainha. Tinha pernas tortas, diziam que de tanto atrair os corpos dos homens contra o seu. O que eu espalhava aos quatro ventos ser a maior calúnia, pois ela me jurava de pés juntos (na medida do possível) que era virgem. Ela dizia que estava se guardando para mim, o seu grande amor, que não era como essas mulheres que andam por aí entregando seus corpos a qualquer homem que lhe prometesse um jantar elegante.
Sempre acreditei ter tirado a sorte grande, por ter conseguido o amor de uma mulher tão cobiçada como Carlota. Andávamos de mãos dadas pelas ruas da cidade e atraíamos sempre os olhares curiosos, éramos vítimas de comentários dos transeuntes e eu sentia enorme orgulho pela minha vitória. Orgulho ferino, viria eu a descobrir posteriormente. Julgava-me superior por ter mulher mais pura e bela de todo o mundo.
Todas as noites eu voltava para casa com o corpo em chamas, por ter e ao mesmo tempo não ter a mulher dos meus sonhos, febril por imaginar minhas mãos perscrutando suas vestes justas, sonhos misturados com pesadelos, pois a culpa de pensar nela como uma qualquer, lasciva, pesava sobre a minha consciência.
Cheguei à conclusão de que a situação estava insustentável. Não havia motivos reais para eu permanecer nos abstendo da nossa felicidade. Peguei imediatamente o celular e liguei para Carlota, mas ela não me atendeu. Passava das dez da noite, era bem provável que já estivesse dormindo. Eu teria que me conformar em pedir sua mão no dia seguinte.
E às oito já estava de pé, em frente à sua casa. Mal cabia em mim de tanta ansiedade. Não tínhamos famílias rivais, mas eu me sentia como um Romeu, diante de tantas proibições. Inspirado nesse amor etéreo, resolvi subir até o seu quarto, para acordá-la com um beijo de príncipe encantado. Com muito custo consegui chegar à janela, apenas para descobri-la chegando ao êxtase com um enorme e suado ogro pressionado contra si pelas suas pernas tortas.
Talvez Carlota fizesse tanta questão de me convencer da sua virgindade porque eu era virgem. Eu queria me guardar para ela, para o meu amor e ela sentiu a obrigação de fingir ser igual a mim. Mas nós não éramos nem um pouco parecidas.
Entrei pela janela aberta e ambos deram um pulo, tamanho o susto. A primeira reação da minha amada foi mostrar-se pudica, mas eu ignorei as suas explicações e fui diretamente na direção do ogro, que assustado, recuou até sentar-se na cama. Sentei-me no seu colo e foi ali, na frente de Carlota, enrolada em seus lençóis brancos, que aconteceu a minha primeira vez.
Sempre acreditei ter tirado a sorte grande, por ter conseguido o amor de uma mulher tão cobiçada como Carlota. Andávamos de mãos dadas pelas ruas da cidade e atraíamos sempre os olhares curiosos, éramos vítimas de comentários dos transeuntes e eu sentia enorme orgulho pela minha vitória. Orgulho ferino, viria eu a descobrir posteriormente. Julgava-me superior por ter mulher mais pura e bela de todo o mundo.
Todas as noites eu voltava para casa com o corpo em chamas, por ter e ao mesmo tempo não ter a mulher dos meus sonhos, febril por imaginar minhas mãos perscrutando suas vestes justas, sonhos misturados com pesadelos, pois a culpa de pensar nela como uma qualquer, lasciva, pesava sobre a minha consciência.
Cheguei à conclusão de que a situação estava insustentável. Não havia motivos reais para eu permanecer nos abstendo da nossa felicidade. Peguei imediatamente o celular e liguei para Carlota, mas ela não me atendeu. Passava das dez da noite, era bem provável que já estivesse dormindo. Eu teria que me conformar em pedir sua mão no dia seguinte.
E às oito já estava de pé, em frente à sua casa. Mal cabia em mim de tanta ansiedade. Não tínhamos famílias rivais, mas eu me sentia como um Romeu, diante de tantas proibições. Inspirado nesse amor etéreo, resolvi subir até o seu quarto, para acordá-la com um beijo de príncipe encantado. Com muito custo consegui chegar à janela, apenas para descobri-la chegando ao êxtase com um enorme e suado ogro pressionado contra si pelas suas pernas tortas.
Talvez Carlota fizesse tanta questão de me convencer da sua virgindade porque eu era virgem. Eu queria me guardar para ela, para o meu amor e ela sentiu a obrigação de fingir ser igual a mim. Mas nós não éramos nem um pouco parecidas.
Entrei pela janela aberta e ambos deram um pulo, tamanho o susto. A primeira reação da minha amada foi mostrar-se pudica, mas eu ignorei as suas explicações e fui diretamente na direção do ogro, que assustado, recuou até sentar-se na cama. Sentei-me no seu colo e foi ali, na frente de Carlota, enrolada em seus lençóis brancos, que aconteceu a minha primeira vez.
sábado, 24 de julho de 2010
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Irromper
Era uma noite qualquer de um fim-de-semana qualquer, no mesmo bar de sempre. Lá estava, provavelmente, a mesma galera de sempre e eu sentada em uma mesa com alguns amigos, fato não tão recorrente assim. É que eu não costumo andar em bando, e tenho me sentado muito pouco em mesas de bar ultimamente, já que sentar implica em consumir, coisa que minha situação financeira não tem me proporcionado muito nos últimos meses. Eu tinha bem perceptível no meu míope campo de visão a minha não tão recente assim fixação, quando bateu aquela puta vontade de mijar. Levantei-me de supetão e irrompi para dentro do recinto. Ou pelo menos era essa a minha intenção, já que fui interrompida pela mão da minha fixação. Yes! Desejado e inesperado. Adoro homens que me surpreendem positivamente. Alguns adoro gratuitamente, infelizmente. É que eu tenho essa mania boba de achar sempre que encontrei alguém especial. Qualquer dia desses escrevo algum conto de fadas meloso.
O meu príncipe, ao invés de uma espada, empunhava um baseado, no lugar do cavalo conduzia um Fiat Uno e a nossa história não terminou com “e viveram felizes para sempre”. Apesar do baseado ter nos proporcionado uma felicidade instantânea seguida de outras felicidades momentâneas. Minha primeira felicidade foi ter sido abordada, claro, já que diante da indiferença dele, passei a fingir ignorar sua presença, numa (das muitas) tentativas de esquecê-lo. Aceitei entrar na roda. Não que eu estivesse realmente com vontade de fumar, já tinha bebido muito na mesa com meu bando da consumação, mas qualquer pretexto é válido para se ficar perto do junkie do seu coração. Então ele me ofereceu uma carona para casa. Eba! Segunda felicidade. Eu já tinha carona garantida, mas nenhuma que me fizesse tremer as pernas e palpitar o coração.
Despedi-me dos amigos da mesa, que provavelmente me censuraram pela atitude, mas fazer o que, eu sou mesmo rated R. No carro tive a terceira, quarta e quinta felicidades. Um carinho discreto, um beijo na boca e um sexo ébrio. É tudo que posso dizer. No dia seguinte acordei com a bunda arranhada e o abajur do quarto quebrado. E no fim das contas acho que acabei esquecendo de ir ao banheiro.
terça-feira, 20 de julho de 2010
A tua presença
Eu estava sentada à procura da inspiração quando me deparei com o seu trabalho. Pensei “poxa, era esse tipo de coisa que eu gostaria de fazer”, mas era só mera utopia pra mim. Não que eu pretenda desistir, provavelmente passarei o resto da vida escrevendo uma meia dúzia de textos que me agradem, mas me frustrando com a enorme maioria do que sai da minha pouco inspirada mente.
Talvez seja exatamente esse o problema, a falta de inspiração. Começo a escrever sem saber o que quero e passo apenas a me lastimar pela ausência da musa ao meu lado, por não ter um emprego ou por não ter um amor. Nesse fim-de-semana eu comi ostra crua e isso pode ser um problema quando não se tem um emprego nem um amor.
Nesse fim de semana, como em todos os outros, eu saí com amigos. Foi muito agradável e divertido, mas me senti incrivelmente só. E escrever sobre isso já ficou chato e repetitivo. Mas eu estava lá, esperando que alguém me trouxesse boas notícias, inebriada com os aromas da noite, e decepcionada com a única ausência que me importava. Talvez fosse melhor se tivesse continuado assim, essa presença só me deixou mais só. É negra, negra negra...
Talvez seja exatamente esse o problema, a falta de inspiração. Começo a escrever sem saber o que quero e passo apenas a me lastimar pela ausência da musa ao meu lado, por não ter um emprego ou por não ter um amor. Nesse fim-de-semana eu comi ostra crua e isso pode ser um problema quando não se tem um emprego nem um amor.
Nesse fim de semana, como em todos os outros, eu saí com amigos. Foi muito agradável e divertido, mas me senti incrivelmente só. E escrever sobre isso já ficou chato e repetitivo. Mas eu estava lá, esperando que alguém me trouxesse boas notícias, inebriada com os aromas da noite, e decepcionada com a única ausência que me importava. Talvez fosse melhor se tivesse continuado assim, essa presença só me deixou mais só. É negra, negra negra...
quarta-feira, 14 de julho de 2010
terça-feira, 13 de julho de 2010
domingo, 4 de julho de 2010
Ah, o amor! (ou "Can buy me love")
hauehauehaueae
MULHER
qro um amor ;~
xo ler personare
EU TAMBÉM
não
eu quero um emprego
!!!!!!!!!!
porra de amor
o amor que se foda
com dinheiro eu compro o amor
HUAHUAHUAHUHUAHAUHAUHAUHAUHAUHAUHAUHAUHAUHAUHA
ahuehauehauehauehaue
AHUEHAUEHAUEHAUHEAUEHAUEHAUEHAUEHA
AHEUAHEUAHEUAHEUAEHAUEHAUEHAUEAH
ri mto agora
MULHER
qro um amor ;~
xo ler personare
EU TAMBÉM
não
eu quero um emprego
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porra de amor
o amor que se foda
com dinheiro eu compro o amor
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AHUEHAUEHAUEHAUHEAUEHAUEHAUEHAUEHA
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ri mto agora
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