Era uma noite qualquer de um fim-de-semana qualquer, no mesmo bar de sempre. Lá estava, provavelmente, a mesma galera de sempre e eu sentada em uma mesa com alguns amigos, fato não tão recorrente assim. É que eu não costumo andar em bando, e tenho me sentado muito pouco em mesas de bar ultimamente, já que sentar implica em consumir, coisa que minha situação financeira não tem me proporcionado muito nos últimos meses. Eu tinha bem perceptível no meu míope campo de visão a minha não tão recente assim fixação, quando bateu aquela puta vontade de mijar. Levantei-me de supetão e irrompi para dentro do recinto. Ou pelo menos era essa a minha intenção, já que fui interrompida pela mão da minha fixação. Yes! Desejado e inesperado. Adoro homens que me surpreendem positivamente. Alguns adoro gratuitamente, infelizmente. É que eu tenho essa mania boba de achar sempre que encontrei alguém especial. Qualquer dia desses escrevo algum conto de fadas meloso.
O meu príncipe, ao invés de uma espada, empunhava um baseado, no lugar do cavalo conduzia um Fiat Uno e a nossa história não terminou com “e viveram felizes para sempre”. Apesar do baseado ter nos proporcionado uma felicidade instantânea seguida de outras felicidades momentâneas. Minha primeira felicidade foi ter sido abordada, claro, já que diante da indiferença dele, passei a fingir ignorar sua presença, numa (das muitas) tentativas de esquecê-lo. Aceitei entrar na roda. Não que eu estivesse realmente com vontade de fumar, já tinha bebido muito na mesa com meu bando da consumação, mas qualquer pretexto é válido para se ficar perto do junkie do seu coração. Então ele me ofereceu uma carona para casa. Eba! Segunda felicidade. Eu já tinha carona garantida, mas nenhuma que me fizesse tremer as pernas e palpitar o coração.
Despedi-me dos amigos da mesa, que provavelmente me censuraram pela atitude, mas fazer o que, eu sou mesmo rated R. No carro tive a terceira, quarta e quinta felicidades. Um carinho discreto, um beijo na boca e um sexo ébrio. É tudo que posso dizer. No dia seguinte acordei com a bunda arranhada e o abajur do quarto quebrado. E no fim das contas acho que acabei esquecendo de ir ao banheiro.
'No dia seguinte acordei com a bunda arranhada e o abajur do quarto quebrado. E no fim das contas acho que acabei esquecendo de ir ao banheiro.'
ResponderExcluirEu ri! Sempre vá ao banheiro antes de um baseado.
foi mijar e cagou ;x
ResponderExcluirOi é a 2ª vez que encontrei o teu espaço online e reflecti muito!Bom Trabalho!
ResponderExcluirAté à próxima