Ele e ela.
O outro e a outra.
A outra acaba com o outro.
Eu e o outro.
Eu acabo com o outro.
Ele e ela acabam.
Eu e ele.
Ela e o outro.
Ele acaba comigo.
Ele e a outra.
Ele e a outra acabam.
E por aí vai...
terça-feira, 26 de abril de 2005
domingo, 17 de abril de 2005
Se um gato pode ligar pro 911 por que minha cadela não poderia fazer um emoticon?
[22:06] [=
[22:06] que suástica é ssa???
[22:06] uau
[22:06] 45. (One Piece] Como subir até White Sea?
[22:06] Here's your 1st hint, _____é_ _a _______ _t____
[22:06] minha cadela fez um emoticon
Mas confesso que fui eu que apertei o "enter" ;x
[22:06]
[22:06]
[22:06]
[22:06]
[22:06]
[22:06]
Mas confesso que fui eu que apertei o "enter" ;x
Ode à praia de Cabo Branco
Cabo dos saudáveis e dos acabados
Dos sadios e dos saudosos
Cabo dos solitários e dos acolhidos
Dos sofridos e dos solenes
Cabo das tormentas
Dos tarados
Cabo da televisão
Dos turistas
Cabo de todos os brancos
De todos os negros
De todos os índios
É cabo que não acaba mais
Dos sadios e dos saudosos
Cabo dos solitários e dos acolhidos
Dos sofridos e dos solenes
Cabo das tormentas
Dos tarados
Cabo da televisão
Dos turistas
Cabo de todos os brancos
De todos os negros
De todos os índios
É cabo que não acaba mais
terça-feira, 12 de abril de 2005
Eu te amo, cachorra
Desde piquititinha (ou desde Tatinha) eu assisto filmes como "Meu Primeiro Amor" ou "Meu Primeiro Amor 2" (cara, eu adoro esse título!) e aprendi muito cedo a valorizar o relacionamento homem x mulher (se quiser substitua algum dos gêneros pelo de sua preferência), ou melhor, supervalorizar.
Muito antes de completar minha primeira década eu já escrevia bilhetinhos apaixonados e colocava na mochila do meu amado. Claro que nunca recebia retorno algum, mas isso não me desanimava. A palavra "amor" foi adicionada muito cedo ao meu vocabulário e a idéia de que a única maneira decente de se viver é ao lado da sua cara metade ficou impregnada em mim.
Mais de dez anos depois, eu finalmente compreendi que não é tão fácil viver um romance e que não existe "felizes para sempre". Mas agora eu não tenho mais paciência para esperar pelo anoitecer. Não quero esperar seis meses. Não quero dizer "eu te amo" só para a minha cadela.
Muito antes de completar minha primeira década eu já escrevia bilhetinhos apaixonados e colocava na mochila do meu amado. Claro que nunca recebia retorno algum, mas isso não me desanimava. A palavra "amor" foi adicionada muito cedo ao meu vocabulário e a idéia de que a única maneira decente de se viver é ao lado da sua cara metade ficou impregnada em mim.
Mais de dez anos depois, eu finalmente compreendi que não é tão fácil viver um romance e que não existe "felizes para sempre". Mas agora eu não tenho mais paciência para esperar pelo anoitecer. Não quero esperar seis meses. Não quero dizer "eu te amo" só para a minha cadela.
segunda-feira, 11 de abril de 2005
Pense rápido.
Ontem à noite eu estava entediada e cortei os meus dedões do pé. Pelo menos agora posso voltar a pegar emprestado os sapatos da minha mãe.
"Je t'aime tant"
Ela me disse que se eu mostrasse as minhas tristezas ao mundo elas se encantariam com ele e me abandonariam.
Já fiz isso há muito tempo e agora constato que elas me amam. Quase tanto quanto ela.
Já fiz isso há muito tempo e agora constato que elas me amam. Quase tanto quanto ela.
domingo, 10 de abril de 2005
- Oi.
- Oi. E aí, tá rica?
- Ham?? Rica? Ô. Hieheihieheiheihei.
- Ehuehueheuheueh.
- Já tenho dinheiro pro ônibus. Quero trabalhar, la la la la. Quer dizer, querer não quero muito. Heheheheheh.
- Entendo. Você quer é o dinheiro.
- Queria acordar e ganhar 50 reais, só por acordar.
- Eu também quero. Hehehehehe.
- Vamos falar pro tio Lula. Ehiehiehiehiehie. Um estímulo pra nós estudarmos.
- ... Porra. As latinhas de cerveja estão muito pesadas.
- Vai beber?
- Terminei uma agora.
- Sozinha?
- É.
- Aff. Você não vai fazer festa esse ano?
- Eu não. Meu pai ligou pra falar comigo, pra combinar alguma coisa amanhã... eu fiquei me controlando pra não chorar no telefone. Não sei exatamente porque, mas meu aniversário me deixou triste. Isso nunca tinha me acontecido.
- Sei como é... Fiquei muito triste no meu aniversário que passei em Campina Grande, me controlando o dia todo pra não chorar... é horrível. Mas nunca mais vou deixar acontecer, até porque meus aniversários são sempre meio vazios... Mas pra você deve estar sendo estranho. Mas fica assim não, você tem dezenove anos e eu dezoito... Sabe que eu acho que todo mundo aqui no Rio me acha maluca demais? É como se todo mundo me criticasse de um jeito ou de outro.
- Afe... Eu tenho andado mais estranha que o normal.
- É engraçado, porque parece que aqui as pessoas são mais provincianas do que aí. Mas acho que é só questão de não ter ainda conhecido as pessoas certas. Por quê?
- Acho engraçado imaginar que o povo deve olhar pra mim e achar que eu tenho algum problema mental.
- Eiehieheiheiehiehiehiehie. Por que olhariam assim?
- Porque eu tenho agido meio... debilmente. Sei lá... Acho interessante ficar olhando pro teto... Muitas vezes mais interessante que certas aulas. Não fico olhando pra luz porque fode meus olhos... Bah, não tem como explicar.
- Eu te endendo. Estamos tendo as mesmas reações, só que distantes uma da outra. Duas perdidas.
- Nossa... Somos almas gêmeas!
- Eu também ando assim, meio débil, sempre fui né, mas agora mais. Acho que somos, eheiheiheiheiehie.
- Heuehuehueh.
- Que não conseguem viver naturalmente longe, eu pelo menos ando meio sem elo comigo mesma, com minha vida, meu passado, minha história... É como se nada tivesse existido.
- Eu imagino.
- É horrível não ter ninguém pra dividir, pra lembrar, pra rir das merdas...
- Também ando meio perdida... Nem com Luciana e Kelly tenho andado mais... Tudo é tãaao estranho ao meu redor...
- Ao meu também, hehehehe... Parece que tô no lugar errado, na hora errada SEMPRE. Antes eu achava engraçada minha leseira, agora não acho mais.
- Ehehehehe.
- Fico me sentindo mal com cada coisa que faço, como se todo mundo estivesse me julgando.
- Poxa... Eu tenho dançado com bonecas e cachorras.
- Hehehehehe. Coitada da MaDona. Mas isso vai passar. Deve passar. Sempre passa, né? Já passei por coisas piores em Campina e tudo passou e voltou a ser bom.
- Ela gosta.
- Deve ser necessário, é o que dizem os mais velhos, ho ho ho. Gosta? Ela deve ficar tonta, ehiehiehie.
- Hehehehehehe. Ela fica doidinha. É tão meiga... Ainda bem que tenho ela pra me alegrar mais um pouco. Ainda tenho que tomar banho. A última vez foi sexta-feira. Tô com a escova no cabelo desde quinta-feira.
- Hahahahahaha.
- Já estou sentindo os piolhos nascerem.
- Tá mal, hein?
- AHuHAuHauHauHauHAUh.
- Minha mãe disse que você tá linda.
- Ela ainda não tinha me visto de cabelo curto.
- Hihihihi.
- Disse que antes você tava feinha, mas agora... hohohohoho, briiiiiincando, pelamordedeus, brincando! Amigo, amigo, ehehehehehehehe.
- Já te contei que descolori as pontas, né?
- Contou. Queria fotos...
- Quando tirar te mostro. Tirar que é o "pobrema", hehehe.
- Ehieheiheiehiehie. Manda K ir aí pra tirar. É teu aniversário, afinal, ehehehehe.
- Euehuehueheuheuhe. Será...
- Se tu não mandar eu mando, ho ho ho.
- Afe. Eu vejo se tiro alguma na casa de Angélica.
- Você vai lá?
- De vez em quando. Tenho visto mais ela e Luísa nesses últimos dias.
- Eduardo salvou Angélica da clausura, ehehehhe.
- Heuehuehueheuhe, é verdade... Meu joelho tá doendo. Acho que é de ficar sentada nessa cadeira...
- Ehehehhehehe. Meu joelho não dói de ficar sentada. Aliás, meu joelho é a única coisa que não dói... Queria um gravador de CD... Queria tanto.
- É bem útil.
- Ou melhor, queria um iPod. Ia ficar amarradona ouvindo música no trabalho, no ônibus, na aula, em todo momento. Ia fingir que estava prestando atenção nas merdas burguesas dos outros. Ia rir sem fingir... Ia ser ótimo.
- Heuheuheuheuhe. iPod é um MP3 player, né?
- Exato.
- Também queria...
- Deve ser muito caro, hieheiheiehiehie.
- Sim, meu pai vai me dar um celular, vou me livrar do meu tijolo. Meu pai me dá um celular e minha mãe me dá uma rede, hehehehehehehe...
- Rede? Ehiehieheihie.
- Sim. Ela me deu uma rede.
- Rede de dormir? Por que? Faz mal pra coluna, heiheihei.
- Sim. Ou, rede é legal. É emocionante. Só que eu não tenho armador no quarto e ficar na rede no terraço não rola, todo mundo que passar na rua te vê. Ah, Thiago me deu um CD de Nina Simone.
- Odeio tanto o meu computador, mas tanto, tanto!
- Tua mãe acabou de ligar, heheheh.
- Coitada, ela é carente.
- Ou.
- Me liga mil vezes. E eu tenho sempre que ter algo pra falar...
- Ela disse que Tânia queria me dar um presente...
- ... se não é porque não a amo mais. Por que ninguém me dá um presente? Heiheiehiehiehiehie. Aaaah, quero meu apartamento, um iPod e um computador novo. Acho que vou vender meu corpo. Pensa bem.
- Heueuheuehuehueh.
- Já acham que eu sou maluca, maluca e meia e ganhando dinheiro é vantagem, ehehehehe.
- Já vou, doidona.
- Ham? Doidona? Tá maluca?
- hUAhAhuHAuHUAhUAhuHA! Pô, eu sou uma pessoa antiga.
- Heiehiehiehiehie. Das antigas, doido.
- Não conheço as gírias novas da parada. hahhauHUaUAUAUHAUhA.
- É isso aí, bacana, ein? Mas tu vai pra onde?
- Do balacobaco. Sair. Meus braços estão doendo, acho que vou ver um filme.
- Eu hein, que falta do que fazer, ehiehiehiehiehie. Aposto que você já sabe o final. O meio e o início.
- Pia. Esse povo que faz cinema... Pra início de conversa eu nem sei que filme vou assistir, hehehehe.
- Eheiheiehiehieheihie. Tudo bem, então pega de olhos bem fechados.
- Só porque eu gosto de adivinhar os filmes.
- Eu entro em sebo assim agora, ehehehehhehe.
- Eita, hUAhUAhuahUHAuHA. Já deu em muita merda?
- Não, eheheiheiehiehie. Eu vou nas sessões que me interessam, hehehehehe. Vou começar a ler "Trópico de Câncer" de Henry Miller, o equatoriano disse que eu tinha um estilo parecido com o dele, fiquei tão feliz, ehieheiheiheiheie.
- Heuehuehueh. Eita. Tu sabe que Caio disse que eu fazia stream of consciousness naquele texto sobre a gente, né? Eu me caguei todinha. Sou a nova Virgina Woolf, hUahUAhHauHA.
- Que porra é isso? Sou ignorante, ehiehieheiheie.
- É uma característima dela e de Joyce. Deixa eu ver se tem falando aqui nomeu livro pra te dar uma esplicação mais certeira.
- Esplicação...
- Eita porra. Caralho. Que erro horroroso!
- Liga não, ehieheiheiheiehiehieheihie. É que eu sou nerd agora e reparo nessas coisas.
- Eu tô com essa mania feia agora. Não, eu também reparo! Sou chata que só a porra com isso, mas tô com mania de errar coisas que eu sei, como se não fosse suficiente errar as que não sei.
- Ehiehiehieheiheiheiehiehie. Eu também faço isso, beibe. É o normal, é o que acontece com seres dementes, hihihi. O que te incomodou na minha narrativa no conto? Nathalia disse "gostei, mas acho que você poderia melhorar algumas coisas na narrativa". Será que só quem vai gostar é você e Soromenho? Hieheiheiheiehiehi.
- Eheuehuehuehueh. Acho que só os erros gramaticais me incomodaram mesmo.
- Tanto assim? Hieheiheiheihe.
- Não.
- Me dê uma "esplicação", ho ho ho.
- Mas como disse, sou chata.
- Eu sou má.
- Tá masas. Caralho. Tá massa. Se prepare.
- Heiheiehiehieheiheie.
- Sim, mas continuando.
- Tô morrendo de rir aqui, professora de português. Fala.
- Não tem no livro. Mas seria mais ou menos os pensamentos dos personagens misturados no meio da narrativa, entende?
- Qual foi o texto?
- Aquele em inglês (dã) que eu postei no "Babados & Firulas".
- Tia Virginia era frígida, ho ho ho. Mas tudo bem, você não é. Tá, tudo bem então. Ehehehehehe.
- Eu sou. Hohohohoh. Ainda não tive um orgasmo com um homem esse ano. Tudo bem que falando assim parece mais que eu sou "lébsca", eheeheheh.
- Teve consigo mesma?
- Tive.
- Oi. E aí, tá rica?
- Ham?? Rica? Ô. Hieheihieheiheihei.
- Ehuehueheuheueh.
- Já tenho dinheiro pro ônibus. Quero trabalhar, la la la la. Quer dizer, querer não quero muito. Heheheheheh.
- Entendo. Você quer é o dinheiro.
- Queria acordar e ganhar 50 reais, só por acordar.
- Eu também quero. Hehehehehe.
- Vamos falar pro tio Lula. Ehiehiehiehiehie. Um estímulo pra nós estudarmos.
- ... Porra. As latinhas de cerveja estão muito pesadas.
- Vai beber?
- Terminei uma agora.
- Sozinha?
- É.
- Aff. Você não vai fazer festa esse ano?
- Eu não. Meu pai ligou pra falar comigo, pra combinar alguma coisa amanhã... eu fiquei me controlando pra não chorar no telefone. Não sei exatamente porque, mas meu aniversário me deixou triste. Isso nunca tinha me acontecido.
- Sei como é... Fiquei muito triste no meu aniversário que passei em Campina Grande, me controlando o dia todo pra não chorar... é horrível. Mas nunca mais vou deixar acontecer, até porque meus aniversários são sempre meio vazios... Mas pra você deve estar sendo estranho. Mas fica assim não, você tem dezenove anos e eu dezoito... Sabe que eu acho que todo mundo aqui no Rio me acha maluca demais? É como se todo mundo me criticasse de um jeito ou de outro.
- Afe... Eu tenho andado mais estranha que o normal.
- É engraçado, porque parece que aqui as pessoas são mais provincianas do que aí. Mas acho que é só questão de não ter ainda conhecido as pessoas certas. Por quê?
- Acho engraçado imaginar que o povo deve olhar pra mim e achar que eu tenho algum problema mental.
- Eiehieheiheiehiehiehiehie. Por que olhariam assim?
- Porque eu tenho agido meio... debilmente. Sei lá... Acho interessante ficar olhando pro teto... Muitas vezes mais interessante que certas aulas. Não fico olhando pra luz porque fode meus olhos... Bah, não tem como explicar.
- Eu te endendo. Estamos tendo as mesmas reações, só que distantes uma da outra. Duas perdidas.
- Nossa... Somos almas gêmeas!
- Eu também ando assim, meio débil, sempre fui né, mas agora mais. Acho que somos, eheiheiheiheiehie.
- Heuehuehueh.
- Que não conseguem viver naturalmente longe, eu pelo menos ando meio sem elo comigo mesma, com minha vida, meu passado, minha história... É como se nada tivesse existido.
- Eu imagino.
- É horrível não ter ninguém pra dividir, pra lembrar, pra rir das merdas...
- Também ando meio perdida... Nem com Luciana e Kelly tenho andado mais... Tudo é tãaao estranho ao meu redor...
- Ao meu também, hehehehe... Parece que tô no lugar errado, na hora errada SEMPRE. Antes eu achava engraçada minha leseira, agora não acho mais.
- Ehehehehe.
- Fico me sentindo mal com cada coisa que faço, como se todo mundo estivesse me julgando.
- Poxa... Eu tenho dançado com bonecas e cachorras.
- Hehehehehe. Coitada da MaDona. Mas isso vai passar. Deve passar. Sempre passa, né? Já passei por coisas piores em Campina e tudo passou e voltou a ser bom.
- Ela gosta.
- Deve ser necessário, é o que dizem os mais velhos, ho ho ho. Gosta? Ela deve ficar tonta, ehiehiehie.
- Hehehehehehe. Ela fica doidinha. É tão meiga... Ainda bem que tenho ela pra me alegrar mais um pouco. Ainda tenho que tomar banho. A última vez foi sexta-feira. Tô com a escova no cabelo desde quinta-feira.
- Hahahahahaha.
- Já estou sentindo os piolhos nascerem.
- Tá mal, hein?
- AHuHAuHauHauHauHAUh.
- Minha mãe disse que você tá linda.
- Ela ainda não tinha me visto de cabelo curto.
- Hihihihi.
- Disse que antes você tava feinha, mas agora... hohohohoho, briiiiiincando, pelamordedeus, brincando! Amigo, amigo, ehehehehehehehe.
- Já te contei que descolori as pontas, né?
- Contou. Queria fotos...
- Quando tirar te mostro. Tirar que é o "pobrema", hehehe.
- Ehieheiheiehiehie. Manda K ir aí pra tirar. É teu aniversário, afinal, ehehehehe.
- Euehuehueheuheuhe. Será...
- Se tu não mandar eu mando, ho ho ho.
- Afe. Eu vejo se tiro alguma na casa de Angélica.
- Você vai lá?
- De vez em quando. Tenho visto mais ela e Luísa nesses últimos dias.
- Eduardo salvou Angélica da clausura, ehehehhe.
- Heuehuehueheuhe, é verdade... Meu joelho tá doendo. Acho que é de ficar sentada nessa cadeira...
- Ehehehhehehe. Meu joelho não dói de ficar sentada. Aliás, meu joelho é a única coisa que não dói... Queria um gravador de CD... Queria tanto.
- É bem útil.
- Ou melhor, queria um iPod. Ia ficar amarradona ouvindo música no trabalho, no ônibus, na aula, em todo momento. Ia fingir que estava prestando atenção nas merdas burguesas dos outros. Ia rir sem fingir... Ia ser ótimo.
- Heuheuheuheuhe. iPod é um MP3 player, né?
- Exato.
- Também queria...
- Deve ser muito caro, hieheiheiehiehie.
- Sim, meu pai vai me dar um celular, vou me livrar do meu tijolo. Meu pai me dá um celular e minha mãe me dá uma rede, hehehehehehehe...
- Rede? Ehiehieheihie.
- Sim. Ela me deu uma rede.
- Rede de dormir? Por que? Faz mal pra coluna, heiheihei.
- Sim. Ou, rede é legal. É emocionante. Só que eu não tenho armador no quarto e ficar na rede no terraço não rola, todo mundo que passar na rua te vê. Ah, Thiago me deu um CD de Nina Simone.
- Odeio tanto o meu computador, mas tanto, tanto!
- Tua mãe acabou de ligar, heheheh.
- Coitada, ela é carente.
- Ou.
- Me liga mil vezes. E eu tenho sempre que ter algo pra falar...
- Ela disse que Tânia queria me dar um presente...
- ... se não é porque não a amo mais. Por que ninguém me dá um presente? Heiheiehiehiehiehie. Aaaah, quero meu apartamento, um iPod e um computador novo. Acho que vou vender meu corpo. Pensa bem.
- Heueuheuehuehueh.
- Já acham que eu sou maluca, maluca e meia e ganhando dinheiro é vantagem, ehehehehe.
- Já vou, doidona.
- Ham? Doidona? Tá maluca?
- hUAhAhuHAuHUAhUAhuHA! Pô, eu sou uma pessoa antiga.
- Heiehiehiehiehie. Das antigas, doido.
- Não conheço as gírias novas da parada. hahhauHUaUAUAUHAUhA.
- É isso aí, bacana, ein? Mas tu vai pra onde?
- Do balacobaco. Sair. Meus braços estão doendo, acho que vou ver um filme.
- Eu hein, que falta do que fazer, ehiehiehiehiehie. Aposto que você já sabe o final. O meio e o início.
- Pia. Esse povo que faz cinema... Pra início de conversa eu nem sei que filme vou assistir, hehehehe.
- Eheiheiehiehieheihie. Tudo bem, então pega de olhos bem fechados.
- Só porque eu gosto de adivinhar os filmes.
- Eu entro em sebo assim agora, ehehehehhehe.
- Eita, hUAhUAhuahUHAuHA. Já deu em muita merda?
- Não, eheheiheiehiehie. Eu vou nas sessões que me interessam, hehehehehe. Vou começar a ler "Trópico de Câncer" de Henry Miller, o equatoriano disse que eu tinha um estilo parecido com o dele, fiquei tão feliz, ehieheiheiheiheie.
- Heuehuehueh. Eita. Tu sabe que Caio disse que eu fazia stream of consciousness naquele texto sobre a gente, né? Eu me caguei todinha. Sou a nova Virgina Woolf, hUahUAhHauHA.
- Que porra é isso? Sou ignorante, ehiehieheiheie.
- É uma característima dela e de Joyce. Deixa eu ver se tem falando aqui nomeu livro pra te dar uma esplicação mais certeira.
- Esplicação...
- Eita porra. Caralho. Que erro horroroso!
- Liga não, ehieheiheiheiehiehieheihie. É que eu sou nerd agora e reparo nessas coisas.
- Eu tô com essa mania feia agora. Não, eu também reparo! Sou chata que só a porra com isso, mas tô com mania de errar coisas que eu sei, como se não fosse suficiente errar as que não sei.
- Ehiehiehieheiheiheiehiehie. Eu também faço isso, beibe. É o normal, é o que acontece com seres dementes, hihihi. O que te incomodou na minha narrativa no conto? Nathalia disse "gostei, mas acho que você poderia melhorar algumas coisas na narrativa". Será que só quem vai gostar é você e Soromenho? Hieheiheiheiehiehi.
- Eheuehuehuehueh. Acho que só os erros gramaticais me incomodaram mesmo.
- Tanto assim? Hieheiheiheihe.
- Não.
- Me dê uma "esplicação", ho ho ho.
- Mas como disse, sou chata.
- Eu sou má.
- Tá masas. Caralho. Tá massa. Se prepare.
- Heiheiehiehieheiheie.
- Sim, mas continuando.
- Tô morrendo de rir aqui, professora de português. Fala.
- Não tem no livro. Mas seria mais ou menos os pensamentos dos personagens misturados no meio da narrativa, entende?
- Qual foi o texto?
- Aquele em inglês (dã) que eu postei no "Babados & Firulas".
- Tia Virginia era frígida, ho ho ho. Mas tudo bem, você não é. Tá, tudo bem então. Ehehehehehe.
- Eu sou. Hohohohoh. Ainda não tive um orgasmo com um homem esse ano. Tudo bem que falando assim parece mais que eu sou "lébsca", eheeheheh.
- Teve consigo mesma?
- Tive.
sábado, 9 de abril de 2005
Satisfaction
Sabe qual a maior satisfação de uma mulher? Não, não é ter orgasmos múltiplos, aliás, isso é algo muito raro. É você saber que pode pegar qualquer roupa do seu guarda-roupa porque se depilou ontem. Você se torna uma pessoa mais forte depois que passa a se depilar com cera todos os meses. Fazer tatuagem vira fichinha. Lidar com os homens? Aí acho que só quem depila tudo - quando eu digo tudo, pensem em tudo mesmo, principalmente os lugares mais "inóspitos".
quinta-feira, 7 de abril de 2005
Taï "now we are together" says:
você também não viu minhas atualizações
Anike says:
vi sim
Anike says:
n me lembro pq to bebada
Anike says:
mas vi
Anike says:
eheheheh
Taï "now we are together" says:
já?
Anike says:
sim
Taï "now we are together" says:
bebeu em casa mesmo?
Anike says:
mais ou menos
Anike says:
comecei no leblon
Anike says:
passei pra botaqfogo
Anike says:
e cheguei em casa q tb eh em botafogo
Taï "now we are together" says:
ehhehe
Anike says:
soh q agora to bebendo sozinha
Taï "now we are together" says:
ah ;P
Taï "now we are together" says:
beber sozinha é mais triste que ir ao cinema sozinha ;P
Anike says:
ah
Anike says:
nao sei
Anike says:
faço os dois sozinha
Anike says:
entao nem ligo
Anike says:
ehehehehe
Taï "now we are together" says:
eu só bebo sozinha quando estou deprimida ;P~~
Taï "now we are together" says:
o bom de beber é socializar
Taï "now we are together" says:
pra mim, claro ;P
Taï "now we are together" says:
na semana santa eu tomei umas cervejas com Laina e comecei a falar dos meus problemas
Taï "now we are together" says:
huehuehuehuehuehe
Anike says:
ehehheheehhe
Taï "now we are together" says:
coisa que eu quase não faço com a minha terapeuta, claro
Taï "now we are together" says:
ela só fica perguntando como era a minha infância em casa
Taï "now we are together" says:
ela quer porque quer que eu admita que não fui suficientemente amada
Anike says:
ahiahiahihaiahihiahiahaihaiahiahiahiahaihia
Anike says:
natural
Taï "now we are together" says:
hheheheheheheh
Taï "now we are together" says:
vou ver o filme de novo
Anike says:
vai la
Anike says:
divirta-se
Taï: revendo o filme que acabei de ver. says:
obrigada
Taï: revendo o filme que acabei de ver. says:
você também ;*
Anike says:
õ
você também não viu minhas atualizações
Anike says:
vi sim
Anike says:
n me lembro pq to bebada
Anike says:
mas vi
Anike says:
eheheheh
Taï "now we are together" says:
já?
Anike says:
sim
Taï "now we are together" says:
bebeu em casa mesmo?
Anike says:
mais ou menos
Anike says:
comecei no leblon
Anike says:
passei pra botaqfogo
Anike says:
e cheguei em casa q tb eh em botafogo
Taï "now we are together" says:
ehhehe
Anike says:
soh q agora to bebendo sozinha
Taï "now we are together" says:
ah ;P
Taï "now we are together" says:
beber sozinha é mais triste que ir ao cinema sozinha ;P
Anike says:
ah
Anike says:
nao sei
Anike says:
faço os dois sozinha
Anike says:
entao nem ligo
Anike says:
ehehehehe
Taï "now we are together" says:
eu só bebo sozinha quando estou deprimida ;P~~
Taï "now we are together" says:
o bom de beber é socializar
Taï "now we are together" says:
pra mim, claro ;P
Taï "now we are together" says:
na semana santa eu tomei umas cervejas com Laina e comecei a falar dos meus problemas
Taï "now we are together" says:
huehuehuehuehuehe
Anike says:
ehehheheehhe
Taï "now we are together" says:
coisa que eu quase não faço com a minha terapeuta, claro
Taï "now we are together" says:
ela só fica perguntando como era a minha infância em casa
Taï "now we are together" says:
ela quer porque quer que eu admita que não fui suficientemente amada
Anike says:
ahiahiahihaiahihiahiahaihaiahiahiahiahaihia
Anike says:
natural
Taï "now we are together" says:
hheheheheheheh
Taï "now we are together" says:
vou ver o filme de novo
Anike says:
vai la
Anike says:
divirta-se
Taï: revendo o filme que acabei de ver. says:
obrigada
Taï: revendo o filme que acabei de ver. says:
você também ;*
Anike says:
õ
quarta-feira, 6 de abril de 2005
Por que não falo mais?
Por que não atualizo o blog todos os dias? Porque eu não tenho a vida suficientemente interessante e também não tenho mais imaginação. Será que se eu narrar tudo consigo fazê-los rir? Vamos tentar. Vou cagar e já volto.
Pronto. Hum, vejamos... Hoje eu acordei mais cedo que ontem mas passei a tarde na cama paquerando o prato de macarrão. Acho que estou com algum distúrbio alimentar bizarro, não tenho mais vontade de comer coisas saudáveis, não consigo engolir o meu almoço todo... Não é bulimia porque eu não vomito (apesar de viver enjoada) nem anorexia, senão eu não comeria chocolate, pizza... Levando em consideração o fato de que eu estou em processo de analfabetismo, talvez eu esteja regredindo. Estou voltando a ser criança, só que minha mãe não tem mais argumentos para me obrigar a comer (e mesmo se tivesse ela passa a semana em Campina Grande)... Certo, agora eu fiquei com medo. Finalmente saí da cama para tomar banho e ir para a terapia. E claro que não comi tudo. Deixei o purê e metade do macarrão com carne moída (o pior é que estava bom!). Como sempre, na terapia eu tive que falar sobre a minha infância. O negócio é que durante a sessão não só a psicóloga fica me analisando, mas eu também a analiso. Quando ela começa com as perguntas dela já sei que ela quer que eu fale sobre algum problema de infância que me traumatizou e me transformou no que eu sou hoje. Bach. Saí da terapia e vim pro computador.
E aí, foi bom pra vocês como foi para mim? Ugh.
Pronto. Hum, vejamos... Hoje eu acordei mais cedo que ontem mas passei a tarde na cama paquerando o prato de macarrão. Acho que estou com algum distúrbio alimentar bizarro, não tenho mais vontade de comer coisas saudáveis, não consigo engolir o meu almoço todo... Não é bulimia porque eu não vomito (apesar de viver enjoada) nem anorexia, senão eu não comeria chocolate, pizza... Levando em consideração o fato de que eu estou em processo de analfabetismo, talvez eu esteja regredindo. Estou voltando a ser criança, só que minha mãe não tem mais argumentos para me obrigar a comer (e mesmo se tivesse ela passa a semana em Campina Grande)... Certo, agora eu fiquei com medo. Finalmente saí da cama para tomar banho e ir para a terapia. E claro que não comi tudo. Deixei o purê e metade do macarrão com carne moída (o pior é que estava bom!). Como sempre, na terapia eu tive que falar sobre a minha infância. O negócio é que durante a sessão não só a psicóloga fica me analisando, mas eu também a analiso. Quando ela começa com as perguntas dela já sei que ela quer que eu fale sobre algum problema de infância que me traumatizou e me transformou no que eu sou hoje. Bach. Saí da terapia e vim pro computador.
E aí, foi bom pra vocês como foi para mim? Ugh.
sábado, 2 de abril de 2005
Relation ship
Antes do pôr-do-sol eles se encontram e decidem tomar um café. O lugar escolhido é calmo e bucólico. Eles escolhem uma mesa perto da mata e - demoram um pouco, mas - fazem seus pedidos. Depois disso começam a conversar sobre qualquer coisa. Nada que mudaria a vida dos dois naquele momento.
Seus pedidos chegam e eles se calam parcialmente. Ela bebe o seu suco e ouve atentamente o que ele fala periodicamente. Como sempre, ela tem medo, prefere só ouvir, sente-se sempre superficial e desinteressante quando começa a falar.
Então as palavras dão lugar ao canto das cigarras e ao farfalhar das árvores.
Eles se separam algum tempo depois, mas ela não pára de perguntar-se o que teria feito errado desta vez, o que virá então a acontecer, no que deveria acreditar. Ela sente a necessidade de esperar algo mas não sabe o quê.
Ela ainda precisa apanhar um pouco mais para saber que não adianta tentar ser outra que não ela mesma. Mas ela continua amedrontada. Desarmada. Desamada.
Thaïs Gualberto
Seus pedidos chegam e eles se calam parcialmente. Ela bebe o seu suco e ouve atentamente o que ele fala periodicamente. Como sempre, ela tem medo, prefere só ouvir, sente-se sempre superficial e desinteressante quando começa a falar.
Então as palavras dão lugar ao canto das cigarras e ao farfalhar das árvores.
Eles se separam algum tempo depois, mas ela não pára de perguntar-se o que teria feito errado desta vez, o que virá então a acontecer, no que deveria acreditar. Ela sente a necessidade de esperar algo mas não sabe o quê.
Ela ainda precisa apanhar um pouco mais para saber que não adianta tentar ser outra que não ela mesma. Mas ela continua amedrontada. Desarmada. Desamada.
Thaïs Gualberto
sexta-feira, 1 de abril de 2005
Conheçam o Umbigo:
- Vadia. Vagabunda.
- É o quê?
- Desculpe-me, é que eu tenho síndrome de Tourette - e segue adiante à procura de uma nova vítima - Babaca, cretino, vi-a-do!
- Ora, seu...
- Eu tenho síndrome de Tourette.
- E eu com isso?
- As palavras pulam da minha boca, não consigo controlá-las.
- Que estória absurda é essa? Eu por acaso tenho cara de idiota?
- Tem. Viu?! Eu jamais diria isso.
- É o quê?
- Desculpe-me, é que eu tenho síndrome de Tourette - e segue adiante à procura de uma nova vítima - Babaca, cretino, vi-a-do!
- Ora, seu...
- Eu tenho síndrome de Tourette.
- E eu com isso?
- As palavras pulam da minha boca, não consigo controlá-las.
- Que estória absurda é essa? Eu por acaso tenho cara de idiota?
- Tem. Viu?! Eu jamais diria isso.
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