Seus pedidos chegam e eles se calam parcialmente. Ela bebe o seu suco e ouve atentamente o que ele fala periodicamente. Como sempre, ela tem medo, prefere só ouvir, sente-se sempre superficial e desinteressante quando começa a falar.
Então as palavras dão lugar ao canto das cigarras e ao farfalhar das árvores.
Eles se separam algum tempo depois, mas ela não pára de perguntar-se o que teria feito errado desta vez, o que virá então a acontecer, no que deveria acreditar. Ela sente a necessidade de esperar algo mas não sabe o quê.
Ela ainda precisa apanhar um pouco mais para saber que não adianta tentar ser outra que não ela mesma. Mas ela continua amedrontada. Desarmada. Desamada.
Thaïs Gualberto
Nenhum comentário:
Postar um comentário