Muito antes de completar minha primeira década eu já escrevia bilhetinhos apaixonados e colocava na mochila do meu amado. Claro que nunca recebia retorno algum, mas isso não me desanimava. A palavra "amor" foi adicionada muito cedo ao meu vocabulário e a idéia de que a única maneira decente de se viver é ao lado da sua cara metade ficou impregnada em mim.
Mais de dez anos depois, eu finalmente compreendi que não é tão fácil viver um romance e que não existe "felizes para sempre". Mas agora eu não tenho mais paciência para esperar pelo anoitecer. Não quero esperar seis meses. Não quero dizer "eu te amo" só para a minha cadela.
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