sábado, 12 de novembro de 2005

A pata da caverna

Eu estava sentada na mesa da cantina quando percebi a inquietação de um cara da mesma mesa. Cheguei perto dele e perguntei qual era o problema e ele me falou que era seu irmão. Provavelmente guardava seus anseios há muito tempo, pois nem chegou a hesitar em me falar todos os seus problemas em relação ao irmão dele.
Aí começou uma loucura sem fim. O cara não podia ir atrás do irmão e implorou que eu fosse no lugar dele. O que eu podia dizer? Ele estava desesperado. Achei que estivesse louco também, mas aí ele me levou até um lugar do colégio que tinha um buraco no chão que dava pra uma espécie de caverna subterrânea. Eu me senti o próprio Harry Potter. Mas ele pelo menos tinha poderes mágicos e uma amiga CDF. O cara nem pra me acompanhar, disse que eu tinha que fazer tudo sozinha. A única coisa que eu sabia do irmão da criatura era o nome dele. Ia sair pela caverna subterrânea da escola (que loucura, eu ainda não consigo acreditar no que digo!) perguntando o nome de tudo que encontrasse por lá. O que respondesse devia ser o irmão do carinha.
A primeira coisa que encontrei foi logo um velho. Eu estava com uma sacolinha cheia de comprimidos que não sabia ao certo pra que serviam, mas serviriam para o irmão do carinha e quando perguntei ao velho se ele podia me ajudar, me disse que já tinha feito muito por mim. Todos daquela escola eram loucos, ou então eu estava numa pegadinha.
O velho me disse que tinha feito a Julia Roberts pra mim. Eu fiquei olhando pra ele. Nem parecia ser um louco. Mas só podia. Como assim pra mim? Eu não era lésbica e tampouco fã da Julia Roberts. A existência ou não dela não fazia a menor diferença para mim. Eu nem morria de amores pelos filmes que ela tinha feito. Além dela, ele também me disse que tinha feito mais dois homens que eu não conhecia. Um se não me engano era um cientista que tinha criado uma espécie de carro aquático para o exército, ou qualquer coisa do tipo. O outro também era um cientista. Os dois homens criados para mim nasceram pelo menos uns quarenta anos antes de mim. Aquele velho só podia ser maluco. Segui em frente atrás do irmão perdido.
Fui informada de que o irmão do carinha, o Daniel tinha uns probleminhas. Mas acho que quem tinha problemas mesmo era o carinha e não existia Daniel nenhum. Quer nome mais óbvio? É tipo quando um cara vem perguntar o seu nome e você não quer responder e diz “Camila”. É universal. Mas mesmo assim, fui atrás do Daniel. Mesmo me sentindo uma pata. Eu sempre fui uma pata. E de qualquer forma, aquela caverna subterrânea era mesmo muito esquisita.

TBC(?)

Um comentário:

  1. Anônimo02:53

    Olá! bom dia! tudo bem? espero que sim... sou professor de história e estou a fim de lhe conhecer o essencial! eu já lhe adiconei no MSN... e espero que vc não me rejeite!!! agradeço a vc desde já!!!! bjosssssssssssssssssss

    me chamo Luciano agra
    espero respostas suas!!! :)

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