terça-feira, 15 de abril de 2008

Autobiografia de uma desconhecida III

3. A minha melhor amiga

Eu sempre costumo dizer que a minha vida daria um livro. Talvez dê mesmo, isso depende de quem vai escrevê-lo. O que estou fazendo aqui? Apenas um relato despretensioso.

Voltei do Rio, onde eu estudava em uma escolinha da farda branca e vermelha chamada Ioiô (ou seria Yoyô?) da qual eu me lembro apenas da festinha de aniversário que tive lá, para estudar em uma escolinha chamada Risque Rabisque. Era uma escolinha a três quarteirões da minha casa cujo nome eu adorava brincar. Isque Uísque. Fiquei empolgadíssima com a escolinha nova.

Cheguei lá em plena festinha de carnaval, todos dançando super fantasiados e eu vestindo apenas uma camisetinha do bloco de carnaval “Muriçocas do Miramar”. Parecia que eu era a única no lugar que não estudava lá desde o maternal. Menina tímida, deslocada, tive a minha salvação em uma menina magra vestida de pirata que logo veio à minha direção para me conhecer. Mais tarde descobri que era de praxe ela ser a primeira a fazer amizade com os novatos.

E foi assim que eu conheci a minha melhor amiga. Ao longo desses dezoito anos já brigamos muito, fizemos as pazes, viajamos, bebemos juntas, mas tudo começou com uma muriçoca e uma pirata no meio das fadas e princesas

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