Certa vez conheci um rouxinol que havia se desviado muito do seu curso por causa de um avião que julgava ser a Ursa Maior. Seu canto, tão lindo, na minha janela me comoveu. Tive a certeza de saber o que se passava em seu coraçãozinho. Convidei-o a entrar na minha casa e conversamos por horas a fio. Éramos muito parecidos, apesar dele ser uma ave e eu um mamífero. Quando o dia se aproximou precisamos nos despedir. Eu não resisti e pedi um beijo. Vi que bico e boca podem sim se beijar. A despedida foi terna e sem promessas, mas passei, todas as noites a partir daquela, a abrir a janela na esperança de ouvi-lo cantar mais uma vez. Mas ele não voltou. Não sei se encontrou o caminho de casa ou passou a frequentar outras janelas, o fato é que, debruçada no parapeito, eu desejava profundamente que outro avião trouxesse de volta o meu rouxinol desorientado.
Talvez eu tenha me enganado quanto à menina, talvez ela realmente não ligasse para o fato das rosquinhas terem caído no chão, talvez o meu rouxinol também não estivesse tão triste quanto eu julgava, talvez a minha aparente empatia seja apenas uma projeção dos meus sentimentos nas outras pessoas; ou aves.
piu piu ;~
ResponderExcluirmuito bom thaiis , lindo
Matem esse rouxinol!!!!!!!!!!!
ResponderExcluiraposto q ele adorava uma rosquinha heiheiehiehiehie
adorei o texto, mas realmente vc eh uma lady! =)
Ehuehuehuehuehuehueh ;D
ResponderExcluirÉ eu sei, eu não consigo evitar, heuheuheuehueh! ;D