Nice to meet you.
I'm the one who was left behind.
You're going on with you life, Clementine. I'm trying to do the same. Although it ain't so easy. I keep fooling myself.
You've already got Patrick, I've got no one, besides you, still.
I used to fall in love with everyone who gave me the slightest attention, remember? It (unfortunately?) doesn't happen anymore. Don't know why, there's no sun up in the sky; stormy weather.
I'm still so confused. Things doesn't happen as I would like to. I'd like to forget you without having to erase everything we've been through. For now, it seems to be impossible. I pretend that everything is all right, but sometimes I just can't go on with it.
But don't worry. I'll try to live my life. I'll try to forget you. I'll go to Lacuna. For you. I might forget that I loved you once. But I know that I won't be able to get you out of my heart. I hope we won't make us suffer anymore, Clem. Tangerine.
I know that I never told you the way I felt. I'm a fool, we all are. Maybe that's my payment. Before I forget you, I just want to say it for the first and last time: I love you.
Erase me now.
sábado, 30 de outubro de 2004
quinta-feira, 28 de outubro de 2004
Psycho análise: medo.
Por favor, me digam que é normal ter raiva do seu analista.
Odeio ter que ouvir nosso tempo acabou justamente quando eu começo a falar mais, a chegar a algum lugar, espero algum feedback dela e ouço um nosso tempo acabou. Não suporto aquelas ações que parecem tão ensaiadas aos meus olhos. Não agüento mais tantas perguntas sobre as mesmas ações, sobre as mesmas partes do meu passado nem me sentir obrigada a dizer o que sei que ela quer ouvir ao invés do que quero expor.
Detesto ficar constrangida ao saber que passo mais tempo calada que falando e temo estar fazendo meus pais gastarem dinheiro em algo no qual não vejo progressos.
Temo estar sendo imediatista e estragar todo um processo com conclusões tão. Temo estar sendo conformista e continuar em uma maneira infrutífera de fazer os reais dos meus progenitores voarem de seus bolsos.
Odeio ter que ouvir nosso tempo acabou justamente quando eu começo a falar mais, a chegar a algum lugar, espero algum feedback dela e ouço um nosso tempo acabou. Não suporto aquelas ações que parecem tão ensaiadas aos meus olhos. Não agüento mais tantas perguntas sobre as mesmas ações, sobre as mesmas partes do meu passado nem me sentir obrigada a dizer o que sei que ela quer ouvir ao invés do que quero expor.
Detesto ficar constrangida ao saber que passo mais tempo calada que falando e temo estar fazendo meus pais gastarem dinheiro em algo no qual não vejo progressos.
Temo estar sendo imediatista e estragar todo um processo com conclusões tão. Temo estar sendo conformista e continuar em uma maneira infrutífera de fazer os reais dos meus progenitores voarem de seus bolsos.
segunda-feira, 25 de outubro de 2004
E se eu estiver ficando mais idiota?
- Vinte anos, tá ficando velha, hein?
- É claro que estou. Assim como você.
- Calma, também não precisa ficar irritada.
- Absolutamente. Eu apenas disse o óbvio.
- É claro que estou. Assim como você.
- Calma, também não precisa ficar irritada.
- Absolutamente. Eu apenas disse o óbvio.
domingo, 24 de outubro de 2004
Depois de muito trabalho, o Cão tira umas férias
- Você está melhor.
- Pois é, estamos.
- Estamos melhor.
- Hehehehehe.
- Bem melhor. Eles que estão na merda.
- Legal. O negócio agora é saber se vamos arranjar algo melhor. ... Poxa, deve ser sem-graça ser esposa de médico.
- Que nada.
- Ter que jogar tênis nas manhãs de domingo com os clientes ricos dele.
- Você tem tempo de sobra pra ficar com outros e ainda tem dinheiro.
- heuheuehuehuehuehueheuhe. Ou, mas tem cara de vida deprimente...
- Heheheheh. Qual vida não é?
- Ou, tem umas que pelo menos têm uma fachada poética.
- Mas que são um saco também, eehhehe. Bom é morrer cedo e de overdose.
- Vou-me embora pra Coréia do Sul e me amancebo lá.
- E deixar algumas coisas pros outros se lembrarem da gente.
- É, e sermos considerados gênios, e termos um filme sobre nós.
- Gênios mortos, são os melhores. Isso, e todos vão falar que eu era fantástica por vomitar na boate em que eu trabalhava.
- Heuheuehuehuehuehu.
- E todos os bartenders vão vomitar nos clientes.
- hUAhUahuAhUHA.
- Vamos revolucionar o mundo, hieheiheiehiehi.
- E deixar bandeides nas bebidas.
- É. Ehiehieheiheiehiehiehie. Vai ser a revolução, a revolução.
- Sim. Seríamos tudo que Raul Seixas não conseguiu ser, mesmo sem saber o que ele queria ser e sem saber caráleo nenhum sobre ele.
- Hahaahhahahahahhahaha. Ele era macho, somos fêmeas. Podemos ser tudo.
- Heuehuehueheuheuhe.
- Realmente gostei da idéia de todo bartender vomitar no cliente e colocar band-aid na caipirinha. heiheiehie.
- Claro, ninguém mais pensaria nisso.
- Heiheiheiehiehi.
- Nosso bar seria um sucessso internacional, pessoas viriam para o Brasil só para irem ao nosso bar.
- Sucesso de crítica, hiehiehie.
- Então abriríamos franquias em todas as regiões do mundo e eu iria cuidar das franquias do Japão.
- Ehiehiehiehie.
- E me casaria com um japonês com cara de mulher.
- Qualquer coisa é motivo pra você me abandonar.
- Você iria comigo, que tal? Mudaríamos nossa sede para o Japão.
- Pode ser, lá tem várias drogas inéditas, ehehehe.
- E teríamos uma sucursal em Hong Kong.
- Sim sim , teríamos tudo, heiheiheie.
- Teríamos uma casa, um amor, um gato, um cachorro, um emprego e dinheiro.
- Oba, vou publicar esse diálogo também.
- Tá, mas eu já ia usar minha história de bartender, hieheiheiheiheie.
- E ainda pode usar, já seria um intertexto, olha que chique!
- Haihaihaiahiahiahia. Tá bom, minha vida como bargirl é a mais debilóide de todas, não sei como as pessoas não me odeiam, sou muito anta.
- HUAhUhauHA. Bom, eu teria ficado muito puta se descobrisse um bandeide na minha bebida. No mínimo vomitaria em você.
- Eu sei, eu também, ehieheiheiehiehie.
- E começaria a moda antes. Aí nossos planos iriam por água abaixo e nada de sucursal no Japão.
- É... Mas por sorte a gerente descobriu antes e foi boazinha, heiheiehiehie.
- Heuhuehuehueheuhe.
- Pois é, estamos.
- Estamos melhor.
- Hehehehehe.
- Bem melhor. Eles que estão na merda.
- Legal. O negócio agora é saber se vamos arranjar algo melhor. ... Poxa, deve ser sem-graça ser esposa de médico.
- Que nada.
- Ter que jogar tênis nas manhãs de domingo com os clientes ricos dele.
- Você tem tempo de sobra pra ficar com outros e ainda tem dinheiro.
- heuheuehuehuehuehueheuhe. Ou, mas tem cara de vida deprimente...
- Heheheheh. Qual vida não é?
- Ou, tem umas que pelo menos têm uma fachada poética.
- Mas que são um saco também, eehhehe. Bom é morrer cedo e de overdose.
- Vou-me embora pra Coréia do Sul e me amancebo lá.
- E deixar algumas coisas pros outros se lembrarem da gente.
- É, e sermos considerados gênios, e termos um filme sobre nós.
- Gênios mortos, são os melhores. Isso, e todos vão falar que eu era fantástica por vomitar na boate em que eu trabalhava.
- Heuheuehuehuehuehu.
- E todos os bartenders vão vomitar nos clientes.
- hUAhUahuAhUHA.
- Vamos revolucionar o mundo, hieheiheiehiehi.
- E deixar bandeides nas bebidas.
- É. Ehiehieheiheiehiehiehie. Vai ser a revolução, a revolução.
- Sim. Seríamos tudo que Raul Seixas não conseguiu ser, mesmo sem saber o que ele queria ser e sem saber caráleo nenhum sobre ele.
- Hahaahhahahahahhahaha. Ele era macho, somos fêmeas. Podemos ser tudo.
- Heuehuehueheuheuhe.
- Realmente gostei da idéia de todo bartender vomitar no cliente e colocar band-aid na caipirinha. heiheiehie.
- Claro, ninguém mais pensaria nisso.
- Heiheiheiehiehi.
- Nosso bar seria um sucessso internacional, pessoas viriam para o Brasil só para irem ao nosso bar.
- Sucesso de crítica, hiehiehie.
- Então abriríamos franquias em todas as regiões do mundo e eu iria cuidar das franquias do Japão.
- Ehiehiehiehie.
- E me casaria com um japonês com cara de mulher.
- Qualquer coisa é motivo pra você me abandonar.
- Você iria comigo, que tal? Mudaríamos nossa sede para o Japão.
- Pode ser, lá tem várias drogas inéditas, ehehehe.
- E teríamos uma sucursal em Hong Kong.
- Sim sim , teríamos tudo, heiheiheie.
- Teríamos uma casa, um amor, um gato, um cachorro, um emprego e dinheiro.
- Oba, vou publicar esse diálogo também.
- Tá, mas eu já ia usar minha história de bartender, hieheiheiheiheie.
- E ainda pode usar, já seria um intertexto, olha que chique!
- Haihaihaiahiahiahia. Tá bom, minha vida como bargirl é a mais debilóide de todas, não sei como as pessoas não me odeiam, sou muito anta.
- HUAhUhauHA. Bom, eu teria ficado muito puta se descobrisse um bandeide na minha bebida. No mínimo vomitaria em você.
- Eu sei, eu também, ehieheiheiehiehie.
- E começaria a moda antes. Aí nossos planos iriam por água abaixo e nada de sucursal no Japão.
- É... Mas por sorte a gerente descobriu antes e foi boazinha, heiheiehiehie.
- Heuhuehuehueheuhe.
sábado, 23 de outubro de 2004
Here lies the truth
Devemos nos conformar por saber que nunca saberemos de tudo?
O sanduíche é algo tão óbvio que já deveria ter nascido com a humanidade.
- Mãe, o que é ser mau?
- É um conceito, meu filho.
- Conceito?
- É. Por exemplo; quando seu pai me largou para morar com aquela sirigaita eu o considerei um homem muito mau, mas tenho certeza que a vadia o achou maravilhoso. Mas por que a pergunta, querido?
- É que eu matei o gato da vizinha com o estilingue que o pai me deu.
- Pelo menos os passarinhos da vizinhança agradecem.
- Mãe...
- Sim?
- Passarinho também é um conceito?
- Isso eu lhe conto quando você estiver mais velho.
O sanduíche é algo tão óbvio que já deveria ter nascido com a humanidade.
- Mãe, o que é ser mau?
- É um conceito, meu filho.
- Conceito?
- É. Por exemplo; quando seu pai me largou para morar com aquela sirigaita eu o considerei um homem muito mau, mas tenho certeza que a vadia o achou maravilhoso. Mas por que a pergunta, querido?
- É que eu matei o gato da vizinha com o estilingue que o pai me deu.
- Pelo menos os passarinhos da vizinhança agradecem.
- Mãe...
- Sim?
- Passarinho também é um conceito?
- Isso eu lhe conto quando você estiver mais velho.
sexta-feira, 22 de outubro de 2004
Análise
Dedos.
Tenho que lavar meus pés, eles sempre aparentam estar sujos.
A parede branca. O quadro à direita.
- Então?
Silêncio.
O que falar? Quais são meus problemas? Ela sempre pergunta sobre a minha infância.
...
Acho que o rio transbordou. Há coqueiros na frente das casas e atrás há uma ladeira e mais árvores. Seria assim a vista do rio Sanhauá? Os prédios no morro com certeza são de uma arquitetura colonial. Algumas parecem até só ter as paredes (típico da conservação do nosso patrimônio histórico). O céu está azul e a torre da igreja se destaca no meio dele. Eu acho que é a torre da igreja, apesar de parecer estar separada desta.
- Nosso tempo acabou.
Ahn, gosto dessa escultura. Gostaria de tê-la em casa. Tudo bem, ao menos posso apreciá-la uma vez por semana. Sempre tenho a impressão de que a bola vai cair da mão das mulheres... mas ao mesmo tempo tenho a impressão de um encaixe perfeito, da interação perfeita entre elas, as mãos e a bola...
- Até semana que vem. - finalmente digo. Será que na próxima semana terei algo a dizer? Espero não me abster nas paredes novamente.
Tenho que lavar meus pés, eles sempre aparentam estar sujos.
A parede branca. O quadro à direita.
- Então?
Silêncio.
O que falar? Quais são meus problemas? Ela sempre pergunta sobre a minha infância.
...
Acho que o rio transbordou. Há coqueiros na frente das casas e atrás há uma ladeira e mais árvores. Seria assim a vista do rio Sanhauá? Os prédios no morro com certeza são de uma arquitetura colonial. Algumas parecem até só ter as paredes (típico da conservação do nosso patrimônio histórico). O céu está azul e a torre da igreja se destaca no meio dele. Eu acho que é a torre da igreja, apesar de parecer estar separada desta.
- Nosso tempo acabou.
Ahn, gosto dessa escultura. Gostaria de tê-la em casa. Tudo bem, ao menos posso apreciá-la uma vez por semana. Sempre tenho a impressão de que a bola vai cair da mão das mulheres... mas ao mesmo tempo tenho a impressão de um encaixe perfeito, da interação perfeita entre elas, as mãos e a bola...
- Até semana que vem. - finalmente digo. Será que na próxima semana terei algo a dizer? Espero não me abster nas paredes novamente.
quinta-feira, 21 de outubro de 2004
Família das matérias
O senhor Português Matéria vive rodeado de mulheres em sua casa: sua mulher História e suas três filhas: Física, Química e Matemática. Engraçada é a estória do nome das duas primeiras. Dona História quando estava grávida delas não sabia que teria gêmeas. Até o momento do nascimento ela havia decidido apenas que se tivesse uma menina ela se chamaria Ciências. Não havia cogitado a possibilidade de ter um menino e menos ainda a de ter duas meninas. Desesperada e cansada após dois partos, o senhor Matéria sugeriu os nomes atuais, que ela aderiu sem forças nem vontade de pestanejar.
Locoemoção
- Como você está?
- Péssima.
- Mas o que houve?
- Fui violentada.
- Sério? Quando? Por quem?
- Ontem, pela minha bicicleta.
- Porra, que susto você me deu!
- E como você acha que eu estou me sentindo? Ela fudeu comigo!
- Ela quem?
- A minha bicicleta, eu já disse! Ela e o absorvente se juntaram para me desvirginar.
- Mas isso é um absurdo!
- E eu não sei?
- Você é maluca.
- Saia de perto de mim, seu incrédulo! Vou procurar quem me entenda. Seu reacionário!
BASEADO EM FATOS REAIS: Good sake.
- Eu tô tentando usar mais brincos ultimamente...
- Ah, bem que eu tinha notado algo diferente, mas achei que era por causa da pele caindo.
- Vasco.
- Flamengo.
- Vasco!
- Flamengo!
...
No fim as duas concordaram que ambos eram uma porcaria e deixaram de se preocupar com futebol.
Locoemoção
- Como você está?
- Péssima.
- Mas o que houve?
- Fui violentada.
- Sério? Quando? Por quem?
- Ontem, pela minha bicicleta.
- Porra, que susto você me deu!
- E como você acha que eu estou me sentindo? Ela fudeu comigo!
- Ela quem?
- A minha bicicleta, eu já disse! Ela e o absorvente se juntaram para me desvirginar.
- Mas isso é um absurdo!
- E eu não sei?
- Você é maluca.
- Saia de perto de mim, seu incrédulo! Vou procurar quem me entenda. Seu reacionário!
BASEADO EM FATOS REAIS: Good sake.
- Eu tô tentando usar mais brincos ultimamente...
- Ah, bem que eu tinha notado algo diferente, mas achei que era por causa da pele caindo.
- Vasco.
- Flamengo.
- Vasco!
- Flamengo!
...
No fim as duas concordaram que ambos eram uma porcaria e deixaram de se preocupar com futebol.
terça-feira, 19 de outubro de 2004
O nosso amor nasceu com a lua
mas não brilhou como as estrelas
As horas correram com as nuvens
e o dia dele já amanheceu.
Mas eu
ainda
continuo em nossa noite.
BLUE NIGHT (ou "eu fui à Lua")
Essa noite eu sonhei que ia pra Lua. Eu, T, L, R e acho que K. Era lindo. Ela no fim do sonho estava bem parecida com a Terra, mas no início era árida, com apenas uma árvore para criar uma atmosfera respirável. Um pouco antes do sol nascer ninguém se preocupava em ir embora e eu me preocupei por todos. T foi a primeira a entrar depois de mim e eu, irritada com sua despreocupação, briguei com ela. Mesmo assim, ainda frescou da minha cara, fiquei puta e puxei seu cabelo, ela se virou e tentou me esmurrar. Eu fiquei triste e disse:
- Eu me preocupo com você e é assim que me retribui?
- Você tenta se consolar procurando a minha felicidade porque teme ir atrás da sua.
Me calo, meus olhos dão um giro de 360° em sua órbita, a nave dá uma volta na Lua e paramos para pegar o pessoal que estava todo em uma rua. Eles entram na nave, estou calada, tentando esconder o rosto. Partimos. A Lua já não é tão bonita quanto na nossa chegada, não tenho mais vontade de ver a passagem pela atmosfera (que foi uma das coisas mais lindas que vi na vida).
K achou uma menina na Lua e quis levá-la conosco. Depois disso apareceram os outros habitantes de lá (meio que do nada, como se eles e sua civilização estivessem escondidos, camuflados até então), eram todos muito morenos (acho que da cor dos índios) e quando perguntei a uma menina que me apareceu como chegaram lá, ela disse que tinha sido numa viagem dessas. O piloto não avisara que precisavam ir embora à 1:13 (ou então seriam queimados pelo sol) e acabou indo embora sem ela. Disse também que isso havia acontecido à maioria dos que lá habitavam. A Lua já estava com casas e ruas. Eu me preocupei, já era 1:00. Briguei com o piloto, perguntei por que ele não havia nos avisado sobre o horário. Ele sorriu, jogou no chão a bituca que estava fumando e entrou na nave. Entrei também e comecei a gritar para os outros fazerem o mesmo. Fiquei furiosa porque ninguém me deu ouvidos.
Na ida, após termos saído da atmosfera da Terra, pudemos perceber que estávamos no meio das estrelas, as víamos multiplicadas. Ao chegar na Lua só vimos a bandeira do EUA (pequena, dura e intacta) e do lado dela um uniforme branco de astronauta. Quando estávamos pousando, vi L brincando de se pendurar nos galhos da única árvore que lá existia. Fiquei sem entender, mas após o pouso, vi que podíamos sair sem uniforme graças a essa única árvore.
Texto postado no meu fotolog, de um sonho do dia 07/10/2004.
mas não brilhou como as estrelas
As horas correram com as nuvens
e o dia dele já amanheceu.
Mas eu
ainda
continuo em nossa noite.
BLUE NIGHT (ou "eu fui à Lua")
Essa noite eu sonhei que ia pra Lua. Eu, T, L, R e acho que K. Era lindo. Ela no fim do sonho estava bem parecida com a Terra, mas no início era árida, com apenas uma árvore para criar uma atmosfera respirável. Um pouco antes do sol nascer ninguém se preocupava em ir embora e eu me preocupei por todos. T foi a primeira a entrar depois de mim e eu, irritada com sua despreocupação, briguei com ela. Mesmo assim, ainda frescou da minha cara, fiquei puta e puxei seu cabelo, ela se virou e tentou me esmurrar. Eu fiquei triste e disse:
- Eu me preocupo com você e é assim que me retribui?
- Você tenta se consolar procurando a minha felicidade porque teme ir atrás da sua.
Me calo, meus olhos dão um giro de 360° em sua órbita, a nave dá uma volta na Lua e paramos para pegar o pessoal que estava todo em uma rua. Eles entram na nave, estou calada, tentando esconder o rosto. Partimos. A Lua já não é tão bonita quanto na nossa chegada, não tenho mais vontade de ver a passagem pela atmosfera (que foi uma das coisas mais lindas que vi na vida).
K achou uma menina na Lua e quis levá-la conosco. Depois disso apareceram os outros habitantes de lá (meio que do nada, como se eles e sua civilização estivessem escondidos, camuflados até então), eram todos muito morenos (acho que da cor dos índios) e quando perguntei a uma menina que me apareceu como chegaram lá, ela disse que tinha sido numa viagem dessas. O piloto não avisara que precisavam ir embora à 1:13 (ou então seriam queimados pelo sol) e acabou indo embora sem ela. Disse também que isso havia acontecido à maioria dos que lá habitavam. A Lua já estava com casas e ruas. Eu me preocupei, já era 1:00. Briguei com o piloto, perguntei por que ele não havia nos avisado sobre o horário. Ele sorriu, jogou no chão a bituca que estava fumando e entrou na nave. Entrei também e comecei a gritar para os outros fazerem o mesmo. Fiquei furiosa porque ninguém me deu ouvidos.
Na ida, após termos saído da atmosfera da Terra, pudemos perceber que estávamos no meio das estrelas, as víamos multiplicadas. Ao chegar na Lua só vimos a bandeira do EUA (pequena, dura e intacta) e do lado dela um uniforme branco de astronauta. Quando estávamos pousando, vi L brincando de se pendurar nos galhos da única árvore que lá existia. Fiquei sem entender, mas após o pouso, vi que podíamos sair sem uniforme graças a essa única árvore.
Texto postado no meu fotolog, de um sonho do dia 07/10/2004.
segunda-feira, 18 de outubro de 2004
Sonífera ilha
Já vai? Não, fica mais... Quer uma massagem? Acho que não... Mas fica aí, deixa eu te olhar. Fica aí quietinho enquanto eu te faço um cafuné... Se você se levantar eu faço cócegas, eu mordo a sua barriga. Isso não é uma ameaça, é apenas uma tentativa desesperada de te ter perto de mim por mais tempo. Não vai funcionar? Como eu vou saber se desistir antes de tentar? Tá bom, entendi: você TEM que ir. Mas quando é que você volta? E se eu não agüentar até lá? Como você pode ter tanta certeza? E se eu te disser que já sinto a tua falta? Mas é verdade. É por isso que não quero te soltar. Vou sentir saudades a partir do momento em que você passar por aquela porta. Não acredita? Mas é verdade! Se eu tiver coragem, te conto uma coisa quando você voltar.
08/07/2004
08/07/2004
domingo, 17 de outubro de 2004
Minha bexiga está cheia. Abro os olhos, levanto-me e vou ao banheiro. Ainda sonolenta, sinto uma atmosfera surreal ao meu redor. Sento no vaso sanitário e com uma expressão de alívio se apossando do meu rosto, deixo que esse líquido enfim corra para fora de mim. Estranho a ausência daquele barulhinho característico de encontro das águas e me dou conta de que a única coisa molhada sou eu.
Abro os olhos e acordo, não necessariamente nessa ordem.
quinta-feira, 14 de outubro de 2004
- O que é isso?
- Estou me arrumando para trabalhar.
- A essa hora?
- É.
- Com essa cara?
- Claro.
- Que eu saiba o circo não abre de madrugada.
- Muito engraçado. Boa noite.
- Espera, você não ia trabalhar?
- E ainda vou.
- E vai tirar um cochilo antes?
- Não, vou trabalhar agora.
- No quarto?
- Isso.
- Que mal lhe pergunte, o que você faz, exatamente?
- Consegui um bico nesse verão, que é moleza. Estou cobrindo as férias do Bicho Papão.
- Eu tenho cara de idiota, por acaso?
- Hum... Só quando abre a boca desse jeito.
- Grrzysv... Mas então, quem você vai assustar no seu próprio quarto.
- Ninguém.
- Sabe aqueles filmes onde quanto mais você assiste, menos entende?
- A minha cama vai ser só uma passagem.
- A cama?
- É.
- A sua cama agora virou uma passagem interdimensional?
- Não, bocó! Eu continuarei nessa mesma dimensão.
- ... Boa noite.
- Boa.
- E vê se para de se drogar.
- Só espero ser paga em Real...
quarta-feira, 13 de outubro de 2004
Parque Geriátrico (CENA 2)
E agora? Gerônia olha desesperada para Odalgisa e depois levanta seu olhar para a Fralda Geriátrica e olha para Odalgisa mais uma vez. Seu coração amolece ao ver aquela velhinha falando palavrões antigos enquanto massageia a bacia dolorida e acaba se deixando levar por ele. Ultrapassa o cágado que estava na sua frente e corre na direção de Odalgisa. Se abaixa em tempo recorde (três minutos), tempo de ser capturada junto com a amiga.
Mais tarde, na enfermaria, Gerônia caminha em direção à cama onde Odalgisa se recupera da queda.
- Olha só, você quebrou o quadril mas ao menos escapou da fralda. Eu inventei de te ajudar e estou agora presa a ela.
- Que feliz. Ao invés da fralda, provavelmente estarei presa para sempre a esse penico maldito.
- Que isso amiga, a gente se dana mas se diverte!
- Você andou assistindo "Sessão da Tarde" de novo, Gerônia?
- Só porque era dia das crianças...
- Psiu, tá na hora de "Vale a Pena Ver de Novo".
- Oba!
Não perca o próximo capítulo!
Mais tarde, na enfermaria, Gerônia caminha em direção à cama onde Odalgisa se recupera da queda.
- Olha só, você quebrou o quadril mas ao menos escapou da fralda. Eu inventei de te ajudar e estou agora presa a ela.
- Que feliz. Ao invés da fralda, provavelmente estarei presa para sempre a esse penico maldito.
- Que isso amiga, a gente se dana mas se diverte!
- Você andou assistindo "Sessão da Tarde" de novo, Gerônia?
- Só porque era dia das crianças...
- Psiu, tá na hora de "Vale a Pena Ver de Novo".
- Oba!
Não perca o próximo capítulo!
segunda-feira, 11 de outubro de 2004
Intermusicalidade
"How do you do you fool?"
"I'm a fool, but aren't we all?"
Complexo de Midas (às avessas)
O mundo não é um conjunto
Destruo tudo em que toco
Sou inimigo da harmonia
O sucesso a mim não se aplica
Se reclamo ninguém explica
Se igual ninguém o faria
Se negro fica onde topo
Se chora ao me ver o mundo
"I'm a fool, but aren't we all?"
Complexo de Midas (às avessas)
O mundo não é um conjunto
Destruo tudo em que toco
Sou inimigo da harmonia
O sucesso a mim não se aplica
Se reclamo ninguém explica
Se igual ninguém o faria
Se negro fica onde topo
Se chora ao me ver o mundo
quarta-feira, 6 de outubro de 2004
Aventuras no Parque Geriátrico
A mais nova produção do consagrado diretor Estive no Albergue.
CENA UM
Um grupo de velhinhas passeia pelos jardins do asilo quando um monstro de aproxima: a terrível fralda geriátrica! As velhinhas tentam correr para se safar deste abominável ser, mas Odalgisa tropeça na própria sandália e fica para trás. Gerônia pára dois metros adiante e olha para a amiga caída no chão - gritando "Ai meus quarto! Quebrei a bacia!" -, olha para as outras amigas e vê que elas haviam se distanciado rápido, já haviam corrido seis metros e não escutariam mais seus gritos.
E agora? O que Gerônia deve fazer? Salvar sua pele ou ajudar a amiga acidentada? Isso você só saberá no próximo capítulo do Parque Geriátrico.
CENA UM
Um grupo de velhinhas passeia pelos jardins do asilo quando um monstro de aproxima: a terrível fralda geriátrica! As velhinhas tentam correr para se safar deste abominável ser, mas Odalgisa tropeça na própria sandália e fica para trás. Gerônia pára dois metros adiante e olha para a amiga caída no chão - gritando "Ai meus quarto! Quebrei a bacia!" -, olha para as outras amigas e vê que elas haviam se distanciado rápido, já haviam corrido seis metros e não escutariam mais seus gritos.
E agora? O que Gerônia deve fazer? Salvar sua pele ou ajudar a amiga acidentada? Isso você só saberá no próximo capítulo do Parque Geriátrico.
terça-feira, 5 de outubro de 2004
O ano do Cão
- Aim.
- Quê?
- Tudo bom?
- Arram. Indo, e contigo?
- Tá uma porcaria, não lembro de uma época tão triste na minha vida; lembra que eu era feliz? - ho ho ho - Você também não tá legal, e ninguém tá legal. E o mundo tá estranho pra cacete, com uma nuvem negra sufocando pessoas...
- É... O que está acontecendo?
- Sei lá? Eu tô me sentindo uma retardada incompetente. E você?
- Afe... Estou me sentindo surreal; não me sinto mais uma pessoa normal, estou muito musical e cinematográfica. Essa semana estou achando que sou a Björk.
- Hahahahahahahahaha. Aquela chata.
- Heehehehehehe. Às vezes eu acho que sou a Billie Holiday.
- Tudo bem... Às vezes eu acho q eu sou uma vira-lata.
- Afe, por quê?
- Porque eu tô deprimida e não me acho capaz de ser algo nem mesmo dentro de minha própria cabeça.
- Ah. Hum... Ainda bem que eu ainda acho que sou a Björk...
- É. Você tá bem.
- Tudo bem que isso foi depois de ter visto "Dançando no Escuro", mas ainda assim... uma vira-lata não é legal. De quem é a culpa?
- Odeio esse filme. Do Fulano, eu acho.
- HauHUaHUahuahuAH.
- E de mim mesma.
- Mas o que o Fulano tem a ver comigo?
- Ah... contigo... Cicrano, né?
- De quem é a culpa desse ano maligno?
- Aaah. Tu não sabe - heiehiehiehie - o amigo do Fulano que eu conheci quarta, a mãe dele mora em Pipa. E adivinha? Ele passou o reveillon la também. Hehieheiheiheiheie. O mundo só tem seis pessoas e seis lugares.
- Eita. HauahUAHuHAuHUAHUauhhA. Não somos só nós que estamos com problemas, tem um amigo meu que também passou pela primeira merda amorosa esse ano.
- É... Minha amiga foi socada pelo ex, todos estão mal esse ano.
- Pois é, acho que esse é o ano do cão.
- Também acho, a besta está solta. Nunca passei tanto tempo sozinha, sem ninguém pra gostar e gostar de mim.
- Eu nunca levei um pé na bunda que me importasse...
- Eu era lesa demais pra percerber que tinha levado um pé na bunda. Hehehehee.
- Hehehehehe. Fora que não foi só Cicrano. Teve Beltrano, Adriano...
- Então... Comigo também não foi só o Fulano; deixa eu te falar: Juliano, Feliciano, Hermano...
- Pois é...
- Fabiano... Zilhões.
- E provavelmente não somos só nós.
- O Fulano foi o único que me importou realmente, e Juliano. Mas tudo bem.
- Nem o Feliciano?
- O Feliciano só quer me comer... Aaah!
- Que é isso?
- Tô com vontade de gritar. Não vejo a hora que esse ano acabe... Bah.
- Bom... Vou te explicar por que eu estou me sentindo a Björk; quem sabe isso não funciona com você? Tenho andado cinematográfica e musical porque estou levando muito a sério aquele ditado "quem canta seus males espanta". Tem hora que começo a cantar pela casa, e dançar, e pular... Coisa de doido mesmo. Ou de ator em musical. Talvez eu esteja vendo musicais demais...
- Bom... Eu moro num quarto que mal dá pra eu andar, quem dirá dar piruetas. A não ser que eu saia pela rua feito doida. Mas se eu começar a cantar, aí que eu vou lembrar como sou "talentosa".
- Não precisa sair dando piruetas. Heheheheeh. Ora essa, eu canto e acho que posso até entrar pra uma "big band"; cague e ande um pouco pro povo ao teu redor. Só um pouco. Bom, cantar me faz bem, talvez pra você o remédio seja outro.
- Veja bem... Se eu cagar e andar um pouco mais pro mundo ao redor, vou ser expulsa da sociedade.
- Heuheuhueheuheueh. Então não faça isso. Desisto, não nasci pra ser psicóloga nem orientadora pessoal (se é que isso existe).
- Hehehehe. Liga não, _____. É que eu tô precisando de uma coisa; e eu sei o que é. Só que não dá pra rolar, então... fico nessa.
- O mesmo que eu?
- Não sei. Eu tô precisando de um lugar deserto, com o mar batendo numa pedra.
- Hum. Difícil arranjar um lugar deserto e com mar hoje em dia.
- É...
- Até sugeriria (?) Tabatinga, mas infelizmente o adjetivo "deserto" não se aplica mais a ela.
- Heiheiehiehiehiehie. E tá meio longe de mim, né?
- Isso seria no fim do ano mesmo...
- Ehehehehe. Você não quer ir pra Pipa?
- Pipa é deserta no buraco de quem?
- Ehiehieheiheiheiheie. Mas eu não pretendo passar o reveillon no deserto, isso eu preciso fazer antes, em novembro.
- Sei. Então vá pra Argentina! Ou pro sertão, pras montanhas, acampe... HuhuahUAhuHauHAUh. Desculpa, te imaginei acampando...
- Ehiehieheiheiehiehiehiehiehiehie. Sai pra lá.
- Heuehuehueeuehuehueh.
- Eu moro num acampamento, pra você que não sabe.
- Tá.
- E eu não sou fresca.
- Eu não disse que era, não acho que você seja, mas provavelmente não ia se dar lá muito bem num acampamento.
- Ehieheiheiehiehiehieheiheihei. Sei lá, se eu tomasse um ácido ia me dar bem. Ehehehehe.
- Ô; bem mal.
- Aiaiaiaiai, por quê?
- Tu ia acabar trocando cobra por minhoca e babau.
- Putz, tu já tomou ácido?
- Não, eu nunca tomei nada. Tive minha primeira viagem mês passado. Segunda.
- Com o quê?
- A única coisa que já usei na vida.
- Viajou com maconha?
- Não viajei viajei.
- Hehehehehehehe. Assim... Eu tenho tudo, agora o que me resta é provar coisas que nunca provei. "Tenho tudo" é otimo. Só me falta uma casa, um amor, um gato, um cachorro, um emprego e dinheiro. Mas tenho tudo. Heiheiehihie.
- Heuheuehuehuehuehuehuheh. Claro.
- Hieheiheiehiehieheiheiehie. As coisas soh duram um dia comigo, um saco.
- Bom... quem sabe você não aprende assim a viver dia por dia. Meu deus; tenho que parar de assistir esses filmes. Viver "dia por dia"? Que merda é essa? Argh! Anyway...
- Ehehehehheehe. Liga não, também ando clichê.
- Como se não bastasse o que vem de fora, estamos usando jargões e pensamentos de comédias românticas.
- Heiehiehiehiehiheiheihie. Mas tudo bem, melhor assim.
- Pra quem?
- Sei lá. Ehiehiehiehiheihei. É melhor achar que é melhor.
- Tá; quem sabe assim não ficamos um pouco menos "jovens bruxas" e um pouco mais "Meg Ryan"... Bleargh.
- Hahahahaahhaa. Vamos fazer algo no reveillon.
- Bora.
- Se bem que quero arrumar um emprego e trabalhar nas férias.
- O quê? Afe, arruma aqui.
- Como? Aí não dá pra fazer nada.
- Por que não?
- Porque sei lá. Todos conhecem todos e só empregam quem conhecem. E eu não conheço ninguém pra me empregar. Será que eu consigo emprego de bargirl aí?
- E por que não?
- Sei lá, porque já deve ter o povo que trabalha.
- Vai que alguém tira férias.
- É, né... Posso tentar. Há décadas não entro no feirinha. Entrei agora. E o topic é o mesmo. Por que, hein?
- O mesmo? Porra... Eu também quase não entro mais no mirc.
- É sempre o mesmo...
- Ei, já vou... Xau - beijo.
- Humpf - beijos.
- Torçamos para um amanhã melhor.
- É né... É o jeito.
segunda-feira, 4 de outubro de 2004
BASEADO EM FATOS REAIS: Amém
sábado, 2 de outubro de 2004
Swing
Essa semana lembrei o porquê da minha implicância com a poesia.
Não é dela em si que não gosto, há alguns poemas que me agradam bastante. O que me irrita são os poetas. Os aspirantes a poetas. Os pseudo-intelectuais. Os profundos à força. Os dissimulados. São esses que me fazem olhar torto pra qualquer coisa em versos. São esses que não me permitem fazer ou ler versos. É o medo de ser como eles que me castra.
Espero não perder mais esse princípio. Estarei morta no dia em que constatar que sou mais uma pseudo-intelectual. Burry me.
sexta-feira, 1 de outubro de 2004
Ao contrário do que deve pensar, não sou racional.
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