terça-feira, 19 de outubro de 2004

O nosso amor nasceu com a lua
mas não brilhou como as estrelas
As horas correram com as nuvens
e o dia dele já amanheceu.
Mas eu
ainda
continuo em nossa noite.



BLUE NIGHT (ou "eu fui à Lua")

Essa noite eu sonhei que ia pra Lua. Eu, T, L, R e acho que K. Era lindo. Ela no fim do sonho estava bem parecida com a Terra, mas no início era árida, com apenas uma árvore para criar uma atmosfera respirável. Um pouco antes do sol nascer ninguém se preocupava em ir embora e eu me preocupei por todos. T foi a primeira a entrar depois de mim e eu, irritada com sua despreocupação, briguei com ela. Mesmo assim, ainda frescou da minha cara, fiquei puta e puxei seu cabelo, ela se virou e tentou me esmurrar. Eu fiquei triste e disse:
- Eu me preocupo com você e é assim que me retribui?
- Você tenta se consolar procurando a minha felicidade porque teme ir atrás da sua.
Me calo, meus olhos dão um giro de 360° em sua órbita, a nave dá uma volta na Lua e paramos para pegar o pessoal que estava todo em uma rua. Eles entram na nave, estou calada, tentando esconder o rosto. Partimos. A Lua já não é tão bonita quanto na nossa chegada, não tenho mais vontade de ver a passagem pela atmosfera (que foi uma das coisas mais lindas que vi na vida).

K achou uma menina na Lua e quis levá-la conosco. Depois disso apareceram os outros habitantes de lá (meio que do nada, como se eles e sua civilização estivessem escondidos, camuflados até então), eram todos muito morenos (acho que da cor dos índios) e quando perguntei a uma menina que me apareceu como chegaram lá, ela disse que tinha sido numa viagem dessas. O piloto não avisara que precisavam ir embora à 1:13 (ou então seriam queimados pelo sol) e acabou indo embora sem ela. Disse também que isso havia acontecido à maioria dos que lá habitavam. A Lua já estava com casas e ruas. Eu me preocupei, já era 1:00. Briguei com o piloto, perguntei por que ele não havia nos avisado sobre o horário. Ele sorriu, jogou no chão a bituca que estava fumando e entrou na nave. Entrei também e comecei a gritar para os outros fazerem o mesmo. Fiquei furiosa porque ninguém me deu ouvidos.

Na ida, após termos saído da atmosfera da Terra, pudemos perceber que estávamos no meio das estrelas, as víamos multiplicadas. Ao chegar na Lua só vimos a bandeira do EUA (pequena, dura e intacta) e do lado dela um uniforme branco de astronauta. Quando estávamos pousando, vi L brincando de se pendurar nos galhos da única árvore que lá existia. Fiquei sem entender, mas após o pouso, vi que podíamos sair sem uniforme graças a essa única árvore.

Texto postado no meu fotolog, de um sonho do dia 07/10/2004.

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